06 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 13/03/2024 às 20:06

O começo nada bom do ‘presidente’ Luciano Paciello no Goiás

Luciano Paciello - CEO do Goiás (Foto - Rosiron Rodrigues)
Luciano Paciello - CEO do Goiás (Foto - Rosiron Rodrigues)

A insatisfação do torcedor aumentou nos primeiros meses da nova gestão do Goiás Esporte Clube. Já foram mais de três meses que se juntaram a uma sequência de insucessos dentro das quatro linhas. Fator que deixa o esmeraldino envergonhado com os resultados e a falta de perspectivas.

Isso porque o que vale para a arquibancada é o futebol. É a bola na rede, os três pontos, grandes campanhas e títulos. Ele quer caminhar de cabeça erguida e bater no peito ao dizer que torce para um gigante do Centro-Oeste. Dinheiro no banco, superávit, contas em dias e estrutura de referência, são pontos importantes para o clube. Mas se tudo isso não resultar em um time competitivo, não tem importância para o torcedor. O Goiás terminou a temporada passada com suas receitas no azul, só que rebaixado no Campeonato Brasileiro.

Começou 2024 com um novo formato de administração. Com pessoas novas. A figura que toma todas as decisões é o CEO (Chief Executive Officer) – que tem poderes de um presidente, mesmo tendo por trás um conselho administrativo. O nome escolhido foi Luciano Paciello que nunca dirigiu um clube de futebol e que chegou na Serrinha com o currículo de tem como forte o destaque na reestruturação financeira de clubes e empresas.

Fez isso no Palmeiras, onde recebeu vários elogios, mas não era ele que contratava jogadores, montava o elenco ou buscava o responsável por essa função. No clube paulista era uma coisa, outra é comandar o Goiás, tendo a missão de contratar pessoas com capacidade para montar um elenco que leve ao torcedor – que é o produto final – a confiança que foi perdida nos últimos tempos.

ATÉ AGORA… Luciano Paciello falhou neste importante quesito. Não conseguiu com seus pares (Agnello Gonçalves e Zé Ricardo), dar ao Goiás uma boa equipe. As contratações que chegaram na Serrinha não renderam e acredito que ele também pensa da mesma maneira, apesar de não admitir publicamente.

PLANEJAMENTO… Em sua entrevista após a eliminação no Campeonato Goiano, competição que o Goiás vai atingir a marca de seis anos sem uma taça, Paciello destacou que o projeto pensado no início do ano vai seguir sem alterações. Contratações vão chegar para sequência da temporada, mas se o nível dos reforços seguir a mesma linha, o Verdão vai agonizar na Série B do Brasileirão.

RESPONSABILIDADE… Luciano Paciello fez questão te assumir que todas as decisões no Goiás, desde o dia 1º de Janeiro foram tomadas por ele. Sem nenhuma interferência e que existe autonomia em seu cargo para todas as ações. Com a mudança do estatuto, o clube deixa de ter a figura do presidente abnegado, para ter o CEO – o que basicamente é a mesma coisa – porém com uma remuneração, o que é mais do que justo.

FUTURO… O Conselho Deliberativo escolheu Luciano Paciello e certamente deu a ele metas a serem atingidas. Imagino que nestes três meses e meio, mesmo considerando que é um início de trabalho, os resultados de campo que foram decepcionantes para o torcedor, também seja para órgão que tem o dever de cobrar e daqui a pouco, se necessário mudar o planejamento.

COLETIVA… O CEO do Goiás mostrou desconhecimento em relação a história do clube em sua última entrevista. Quem estiver neste cargo, que tem uma importância gigantesca, precisa estar mais preparado neste quesito. Reservar 30 minutinhos da agenda no dia, para entender a grandeza e o passado da agremiação que trabalha.

OUTRA CARÊNCIA… Além do futebol que começou mal, outro desafio é o departamento de marketing. Quem está ocupando a liderança nesse importante setor? Quais as ações? Sócio-Torcedor? Uma boa relação com sua torcida? Todas essas questões precisam de solução.

É um setor que a exemplo dos demais no Goiás, precisam ter o respaldo de um departamento de futebol forte. Com capacidade para montar um elenco do tamanho das cobranças da arquibancada.