Na entrevista coletiva concedida pelo governador de Goiás , Marconi Perillo (PSDB), a emissoras de rádio de Goiânia foi inusitada a resposta dele ao ser questionado sobre a mudança no secretariado ao final de 2017. Os assessores que pretendem se candidatar, em 2018, terão que pedir exoneração. Quem escolherá os novos? Perillo passou a fala para Eliton.
Do ponto de vista político e administrativo, o fato vai marcar o efetivo início do governo José Eliton Jr., pois a decisão passará por ele. Há uma lógica coerente na mudança: Marconi pedira renúncia para candidatar-se em abril do ano quem, então será formado o governo que vai ficar. O tempo, ou desgaste, e alianças já estarão na agenda.
Ao mesmo tempo, será um teste duro da capacidade política de Eliton na condução das negociações para consolidação de uma chapa competitiva e, principalmente, de exercício de liderança. O passo de Marconi, ao passar o assunto para o vice, implica no fortalecimento da candidatura, mas da responsabilidade de liderar e ser reconhecido como o condutor.
Um dos pontos de dificuldade, sem dúvida é a negociação com o PSD, presidido por Wilmar Rocha, que já deu claros sinais de resistência à candidatura de Eliton. Ele alega problemas de agenda, mas não é visto nos eventos do programa Goiás na Frente, por exemplo.
Apesar de não ter disputado os votos nas urnas como candidatura de frente (Foi vice de Marconi em duas eleições), Eliton é experiente no ambiente político. E, fez pós-graduação com Perillo. No entanto, o resultado é que vai provar se Eliton foi um bom aluno.
Altair Tavares
Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .