23 de dezembro de 2024
Publicado em • atualizado em 21/02/2019 às 18:36

Nova gestão da Metrobus reduziu déficit operacional em R$200 mil

Paulo Reis: Redução do déficit é prioridade (foto divulgação)
Paulo Reis: Redução do déficit é prioridade (foto divulgação)

A fala dele é curta e direta, talvez, fruto dos anos de experiência na política. Dá sinais de que prefere agir do que ostentar o que pode ser feito, mas ainda não foi. Prefere agir nos bastidores para melhorar, ou minimizar os danos, do transporte coletivo no Eixo Anhanguera. É praticamente essa a postura que adota Paulo Cezar Reis, presidente da Metrobus desde o dia 11 de janeiro. O relatório do primeiro mês de gestão conseguiu reduzir o déficit da empresa de R$600 mil para R$400mil.

Com 40 dias à frente da estatal que realiza a operação de transporte na Avenida Anhanguera e extensões, Reis fez um balanço desse primeiro momento de gestão ao Diário de Goiás.

O foco inicial é respeitar as planilhas acordadas junto a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC). “Estamos fazendo um levantamento e a recuperação dos veículos para podermos operar de acordo com estas planilhas”. Respeitar tal planejamento é fundamental para a boa qualidade do transporte na cidade. Segundo Paulo, o objetivo da empresa, além de ter os veículos que já rodam durante o dia é manter também uma frota reserva a disposição para o caso de imprevistos. “Queremos disponibilizar no mínimo 10%, dos nossos carros para essa chamada frota reserva”, ressalta.

Segundo informações disponibilizadas no site oficial da empresa, a frota da Metrobus é constituída por 133 veículos, sendo 29 biarticulados e os outros 104, articulados. Questionado se não é hora de renovação da frota o presidente nega. “Temos uma parte da frota que roda desde 2014 e outra a partir de 2011. É uma frota relativamente nova. Temos que focar é na manutenção destes veículos”, salienta. A CMTC solicita que a Metrobus opere com 99 veículos, nos horários de pico.

Extensões
Quando confrontado sobre as extensões para Goianira, Senador Canedo e Trindade, Paulo Cezar é categórico ao afirmar que elas apresentam um alto custo para a empresa. “Não recebemos nada a mais por isso, no entanto, houve um acréscimo nas despesas acima dos dois milhões ao mês”. Até outubro de 2014, quando as extensões foram implementadas, a Metrobus rodava apenas no corredor exclusivo da Avenida Anhanguera, que tem pouco menos de 14km de extensão. De lá para cá, passou a rodar 70km. “Com a mesma receita”, reforça Reis.

Se privatizar a empresa é uma opção viável, como sugeriu o Prefeito Iris Rezende na última sexta-feira (15/02), Paulo se esquiva da resposta. “Quando se trata de privatização, não é uma decisão que cabe ao presidente da empresa, mas se o Governador determinar eu cumpro”, conclui.

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .