O jornalista Gilberto Dimenstein provoca uma reflexão importante sobre o caso da prisão do deputado José Genoíno (PT), condenado na Ação Penal 470. Prendê-lo pode, sim, ser um ato legal, mas a condição de saúde dele leva o caso para um âmbito de irresponsabilidade.
Reproduzo como estímulo a esta reflexão:
Não seria melhor executar o Genoino?
20/11/2013 – 13h12
Não tenho condições de dizer se o que estão fazendo com o José Genoino obedece ou não a lei. Talvez obedeça.
Mas dá para dizer que é uma desumanidade que beira o linchamento.
Pegar um homem doente, que passou por uma operação gravíssima e jogá-lo numa cadeia. O ato pode ser legal. Mas é irresponsável.
É quase como se fosse uma execução. Tudo isso com os aplausos de multidões que desejam vingança.
Se toleramos que se faça isso com os outros, podemos acabar tendo de engolir que façam com a gente. É assim que nações acabam tolerando absurdos.
É nessas horas de comoção que, mesmo que queiramos o fim da impunidade e da corrupção, não podemos perder o senso de responsabilidade e humanidade.
Volto a repetir aqui que acho que Joaquim Barbosa prestou um enorme serviço ao Brasil e merece entrar na história.
Mas chego a suspeitar que, por trás dessas cenas, exista um marketing talvez associado a algum projeto presidencial no futuro.
Se não for isso, apenas o prazer de gerar imagens impactantes.
Altair Tavares
Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .