Após a derrota do grupo OAB Fort, em que o candidato Flávio Buonaduce ficou em 3º lugar nas eleições da Ordem realizadas no último dia 27, o ex-presidente da OAB Goiás, Henrique Tibúrcio, foi alvo de críticas em redes sociais, como um dos responsáveis pelo fracasso do grupo que durante muitos anos comandou a entidade no estado. Os motivos principais das críticas são: a filiação dele junto ao PSDB e por ter deixado a presidência da OAB para assumir a Secretaria Estadual de Governo.
Henrique Tibúrcio afirma que ele não é o responsável pela derrota do grupo OAB Forte.” Acho que este é um ciclo que se encerrou. Não me sinto responsável por isso e nem posso ser responsável pelo futuro de uma instituição. Quando saí deixei a instituição nas mãos de pessoas que foram eleitas comigo, dali pra frente a condução, inclusive do processo eleitoral é deles”, argumenta.
Tibúrcio avalia que a OAB é passado para ele e que a divisão de grupo acabou fortalecendo a possibilidade de renovação na presidência da Ordem.
“Avalio com muita naturalidade, a partir do momento que eu saí e que eu deixei e filiei a outro projeto, sou uma pessoa que trabalha no governo. A OAB é passado para mim, é claro que olho para aquela instituição com muito carinho. As eleições foram muito disputadas. Na verdade o grupo se dividiu, onde há divisão, é claro que você perde força. Mas de qualquer forma, o resultado das urnas é a vontade do eleitor e são ciclos”, destaca.
Para o atual secretário de Governo, algum dia ocorreria a renovação na Ordem, facilitada neste processo pela divisão do Grupo OAB Forte. “O exercício do poder é cíclico, ele precisa desta renovação. Aconteceria mais dia ou menos dia, e é natural e saudável que aconteça. Espero que a mudança que ocorreu venha em benefício dos advogados, mas digo isso como um expectador privilegiado”, destaca.
Relacionamento com o novo presidente
Henrique Tibúrcio descreveu que a Ordem já faz parte do passado dele e por isto não deve atuar realizando política institucional. No entanto, ele destaca que já teve diálogo com o presidente eleito, Lúcio Flávio Paiva para que sejam tratadas questões relativas ao pagamento dos honorários dos advogados Dativos.
“Saí da OAB e não posso pertencer ou ficar fazendo a política da instituição. Não vou fazer isso. Já inclusive me coloquei a disposição do presidente que foi eleito, o advogado Lúcio Flávio para continuar as tratativas que a gente em determinado momento, a OAB tinha com o governo, inclusive com a questão da UHD que é uma questão que a gente precisa resolver em favor dos advogados, o governador Marconi Perillo já deu sinal verde para isto. Temos que respeitar a vontade das urnas e manter a interlocução daqueles que foram eleitos para representar a instituição”, ressalta.