27 de dezembro de 2024
Publicado em • atualizado em 13/05/2021 às 16:32

Na eleição da OAB-GO, Rodolfo Otávio vê sua pré-candidatura como alternativa: “Nem oposição, nem continuísmo”

Rodolfo Otávio é um dos pré-candidatos à presidência da OAB-GO (Foto: Divulgação)
Rodolfo Otávio é um dos pré-candidatos à presidência da OAB-GO (Foto: Divulgação)

O atual presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Goiás (Casag), Rodolfo Otávio é um dos nomes que têm se apresentado como pré-candidato à sucessão do atual presidente da OAB-GO, Lúcio Flávio de Paiva. Ele diz que está preparado para assumir a entidade e que já demonstrou isso à frente de sua gestão na Casag e entende que à medida que o processo eleitoral for avançando, a polarização no fim ficará apenas entre “dois ou três candidatos, no máximo”.

A avaliação foi feita em entrevista ao Diário de Goiás. Com tantos pré-candidatos se apresentando no momento, Otávio não quer a pecha de opositor ou continuísta. Ele defende que sua chapa é uma “alternativa” aos nomes que estão se apresentando, como o do advogado criminalista Pedro Paulo de Medeiros e o eleitoralista, Julio Cesar Meirelles. “Nós não vemos como ruptura, como racha, oposição e nem tampouco como continuísmo”, destacou. 

CONSTRUÇÃO DA CANDIDATURA

Em Goiânia temos trabalhando a construção de apoios em um projeto de convergência para a advocacia onde a gente quer acabar com as bandeiras e com as suposições clássicas de “nós contra eles”, onde tanto aqueles que são experimentados e foram experimentados em determinado momento mas que tem uma reputação e um histórico de serviço prestado, um histórico de compromisso de trabalho com a advocacia, para a advocacia, servindo a advocacia e não se servindo dela, aliado a outros jovens que somam ao projeto para contribuir, trabalhar e fomentar, sem a discussão de partidos. O que nós queremos é unir a advocacia nessa altura de dificuldades para que caminharmos juntos e aí as portas estão abertas, inclusive para pré-candidatos, conversarmos, construirmos alternativas e somarmos com um projeto maiúsculo e viver única e exclusivamente dos interesses dos advogados e da sociedade civil.

NÃO É “OPOSIÇÃO E NEM TAMPOUCO COMO CONTINUÍSMO”

Eu vejo com naturalidade. Nós temos pessoas que estão na atual situação caminhando conosco e temos pessoas que foram de outros grupos que estão caminhando conosco. Nós evitamos utilizar a palavra grupo e substituí-la por projetos até porque esse processos não podem ser efetivamente fechado. Todos aqueles que queiram trabalhar tem que encontrar espaços à disposição. Eu vejo com naturalidade, afinal, foi uma gestão que teve seus êxitos e suas vitórias e fato é que mais de um candidato estava pronto para servir a advocacia e nós estamos aqui agora apresentando nosso nome já que entendemos que o gestor experimentado que é aquele que fez muito pela Caixa de Assistência tem condição de levar frente à Ordem e isso tem sido muito bem vindo tanto por parte da gestão como das ditas oposições clássicas como nós vemos nos processos, então, nós não vemos como ruptura, como racha, oposição e nem tampouco como continuísmo.

TENDÊNCIA DE AGLUTINAÇÃO DAS CANDIDATURAS

Eu vejo que a tendência natural assim como acontece nas eleições partidárias é que há uma grande possibilidade de aglutinação de parte dessas candidaturas. Eu não acredito em seis candidaturas à registro no processo eleitoral, mas se houver também, nós não vemos como problema até porque ter essa divisão de votos ela não é uma divisão linear entre situação e oposição até porque como dissemos nós não nos apresentamos como oposição nem continuísmo mas como uma alternativa para seguir avançando trazendo avanços que a advocacia viu à frente da Caixa de Assistência e agora com mais vazão na Ordem, até porque teremos maiores condições liderando processos de administrar a Ordem, Caixa, a Escola Superior, além da advocacia.

POLARIZAÇÃO

Mas temos a expectativa que haja uma polarização maior entre dois, três candidatos no máximo, mas se não acontecer nós estamos preparados para mostrar a advocacia qual o melhor projeto que está preparado que foi sabatinado para defender os interesses e levar a Ordem à frente pautando sempre as bandeiras da sociedade civil.

PRINCIPAIS DEMANDAS 

Isso depende da advocacia, das subseções do interior, elas possuem demandas diferentes. Se nós analisarmos o norte e parte do nordeste goiano, nós vamos ver que o grande reclamo é ausência de magistrados nos cargos ao longo das cidades com mais dificuldades de provimento de vagas. Algumas cidades já estão com 6 meses, a 2 anos, 3 anos e isso trás uma dificuldade gigantesca para advocacia. Em outras outras regiões a demanda é a clássica da valorização da advocacia, as prerrogativas, o atendimento pelos magistrados e a possibilidade de incrementar e com isso da pandemia acentuou de forma sobrenatural. Não existe mais a presença física do magistrado e muitas vezes ele não está na Comarca que há uma dificuldade de atendimento e agendamento. Outras regiões demandam por estrutura física, já que com o fechamento das unidades judiciárias e a ausência das estruturas físicas das subseções já que não possuem prédios e ordem, a advocacia não está encontrando espaços alternativos para exercer a sua profissão. Essa é uma realidade também plural que vai exigir muito da posição geográfica, depende muito do viés econômico das subseções.

(Com edição de Domingos Ketelbey)

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .