Em Goiás nem todos os partidos que compõem a base de Dilma Rousseff estão unidos a nível regional.
Algumas legendas estão na chapa de Iris Rezende e outras estão aliadas até mesmo na chapa de Marconi Perillo do PSDB, partido cujo candidato a presidência da República é Aécio Neves.
Na noite desta terça-feira (19), ocorreu reunião realizada em um hotel no setor Alto da Glória.
Na oportunidade o presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão e o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini estiveram dialogando com prefeitos e diversas lideranças partidárias locais.
A intenção da reunião foi de animar e unificar os apoiadores de Dilma Rousseff em Goiás.
O evento foi realizado no Oitis Hotel, localizado na Rua Teresina no Setor Alto da Glória, próximo ao deck sul do Shopping Flamboyant.
Quando cheguei neste lugar, fui caminhando desde a rua dos fundos, contornando o quarteirão.
Algumas calçadas estavam obstruídas, decidi seguir a caminhada pelo meio da rua mesmo.
No trajeto parou um ônibus repleto de cabos eleitorais do PTB. O ônibus não era tão grande, mas no veículo foram afixados diversos adesivos com o número 45 do PSDB.
Tive a sensação que iria acompanhar algum evento de campanha do PSDB. Segui a caminhada.
Logo mais a frente estavam parados alguns carros de som que ora tocavam jingles de campanha de Marconi Perillo, ora da candidata à presidência Dilma Rousseff.
Achei estranho aquele tipo de situação. Na minha curta carteira jornalística, sempre tive a convicção que as contradições locais são deixadas de lado para interesses maiores. Neste caso, a reeleição de Dilma Rousseff.
Mesmo sabendo disso, ainda sim achei estranho. Fiquei pensando no eleitor, se este tipo de situação poderia confundir a cabeça das pessoas.
Resolvi perguntar para o presidente estadual do PTB, Jovair Arantes. Ele me respondeu que eu parto do ponto que o eleitor é bobo.
“O que a presidente precisa é de votos. Você está partindo do princípio de que o eleitor é bobo. O eleitor não é bobo, sabe das coisas. Ele sabe quem é 13, quem é 45, o que 13 nacional, o que é 13 local, o que é 45 nacional, o que é 45 local”.
Não convencido e ainda tentando entender melhor a situação, repeti a pergunta ao ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini.
“Evidentemente cada um de nós têm preferências no plano estadual, mas a campanha nacional exige um grau de habilidade para conduzir e evitar conflitos”, afirma Ricardo Berzoini.
Já eram quase oito da noite, as lideranças foram se reunir, tentar deixar de lado os problemas locais.
Após um dia cheio de trabalho, já estava cansado, resolvi ir embora. Ao sair do hotel, estavam lá os cabos eleitorais com seus adesivos de 45 no peito e os carros de som pedindo voto para o 13.