O mais engraçado nos últimos dias na campanha de Goiânia é observar o grito dos agoniados. Agonia dos governistas, agonia dos aliados do prefeito Paulo Garcia (PT).
A agonia atende pelo nome de Iris Rezende.
Os aliados ficam incomodados porque agem como quem tem de admitir a força do ex-prefeito como cabo eleitoral de Paulo Garcia. Duro reconhecer que Iris tem força para fazer até o prefeito vencer no primeiro turno. Mais complicado ainda concordar em dar ao peemedebista lugar de destaque no programa eleitoral, por exemplo, porque isso faz diferença.
Para os governistas a dor é maior. Eles xingam Iris nos bastidores e tentam a todo instante minimizar a importância política e histórica do ex-prefeito e ex-governador. Tentam até matá-lo no inconsciente, fazendo das cirurgias para curar uma hérnia o fim da vida e o fim dos tempos. E o que se vê: Iris está vivo, está com sangue eleitoral correndo célere nas veias e ajudando candidatos exatamente na proporção inversa do governador Marconi Perillo (PSDB), cuja presença em palanque tem sido até recusada por companheiros.
Há governistas mais incomodados. Ele precisam provar que estão certos ao pregar que Marconi Perillo é santo e uma divindade digna de uma puxação de saco midiática infinita. Como não conseguem isso, saltiram em espasmos de desprazer buscando desqualificar quem não bebe no mesmo copo da bajulação.
Como dizia o poeta, enquanto isso, feito poeta federal, Iris tira ouro do nariz. E eu? Só rindo…
Vassil Oliveira
Jornalista. Escritor. Consultor político e de comunicação. Foi diretor de Redação na Tribuna do Planalto, editor de política em O Popular, apresentador e comentarista na Rádio Sagres 730 e presidente da agência Brasil Central (ABC), do governo de Goiás. Comandou a Comunicação de Goiânia (GO) e de Campo Grande (MS).