07 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 12/02/2020 às 23:39

Marconi pode não ser candidato. E aí?

Desgastado, o governador tem futuro incerto. Pode até mesmo desistir da reeleição e criar o fato novo da sucessão, surpreendendo até a oposição

(Artigo publicado originalmente no Tribuna do Planalto, edição 1.377)

A imagem do governador de Goiás, Mar­coni Perillo (PSDB), que já foi pétrea, está descascada, e com isso o viço do invencível morre aos poucos. A perspectiva de poder, outrora inabalável, hoje é um mito desfeito, uma incógnita pujante.

Perto de completar 16 anos no poder – direto e indireto –, Marconi vive o que viveu o ex-governador Iris Rezende (PMDB) em 1998.

Com 16 anos de poder direto e indireto no Estado, Iris, à época, era pétreo e invencível. Acabou derrotado pelo tucano, que se valeu do discurso do novo contra o velho… cacique.

Hoje, quem mais descasca a imagem de Marconi são seus próprios aliados, já que a oposição pouco se posiciona, e quando o faz, acaba funcionando a seu favor – como em seguidas votações na Assem­bleia Legislativa.

Já são muitos os que começam a abandonar o barco, ou que se prepararam para isso ao menor sinal de água no pescoço.

Eis talvez o maior efeito do Caso Cachoeira, que abalou o império marconista no ano passado e criou uma mácula irrefutável no discurso moralista do chefe maior. E o resultado de uma administração sem brilho, marcada por promessas não cumpridas e um governante que perdeu o controle de seus auxiliares, que deveriam ser comandados e não são; que não manda, é refém.

As disputas internas na administração estadual e as candidaturas ao governo armadas dentro de sua própria base dão a medida do fogo amigo a desgastar o governador.

Que o digam os desastrados espiões denunciados em reportagem da revista Carta Capital nas bancadas desde sexta-feira, 26. Diz a manchete, com foto do tucano na capa: “A Central de Grampos de Marconi Perillo – nem aliados do governador goiano foram poupados da espionagem.”

É o que faz correr célere, principalmente pelo interior, a notícia de que Marconi não será candidato à reeleição, e sim a deputado federal ou ao Senado.

Taí uma boa explicação para o estilo que ele vem adotando, em resposta ou por puro enfado: agressivo com quem o contesta, reativo aos arroubos de quem o enfrenta na oposição e na situação, e com disposição a tudo ou nada nas relações com os companheiros. Como a dizer: “Danem-se! Lá vou eu…”

Bastra olhar o que aconteceu semana passada, durante evento de entrega de veículos e equipamentos para a Agência de De­fesa Agropecuária, a Agrode­fesa. Contra vaias de servidores, ameaçou cancelar proposta de concessão de gratificações a fiscais, e avisou:

“Eu não estou me importando com manifestações, reivindicações, críticas. Eu sou um democrata. Isso faz parte da democracia. E o meu couro está grosso também. Então não adianta achar que vou ficar me importando com manifestações às vezes injustas.” Sem meias palavras.

Nesse rumo, o tucano alimenta o noticiário boca-a-boca que o coloca fora da disputa pelo governo em 2014. E a especulação de que pode nem ser candidato. Nesse caso, fica no governo até o final.

Curioso que Iris vive situação parecida no PMDB. Ele é o nome mais forte, o nome estadual por excelência, mas encontra resistência silenciosa entre companheiros, que não sabem se o exaltam ou se o renegam como nome para liderá-los na guerra eleitoral de 2014.

Iris tem voto – todas as pesquisas o colocam francamente na liderança em intenção do eleitor –, no entanto não alimenta expectativa – comichão dos liderados – de que vá levantar dinheiro suficiente para uma disputa ao governo. Nem para ele, nem para possíveis candidatos a deputado estadual e federal.

Converse com iristas e marconistas envolvidos na campanha passada e você vai ouvir: foi dinheiro o que faltou para Iris vencer Marconi. Este, não economizou; o peemedebista, deixou faltar até o essencial.

Será diferente em 2014 com Iris candidato a governador? Nenhum peemedebista acredita nisso.

Marconi Perillo e Iris Rezende, filho e pai políticos no imaginário goiano, estão, pois, em situação parecida, que mais os coloca próximos ao fim que ao meio.

Mas não estão mortos, politicamente. Longe disso.

Um é animal da política; o outro, jogador contumaz

Imaginar que Marconi está fora do jogo, ou tentar escanteá-lo, é um risco para quem tem capital eleitoral medido em pesquisas – mesmo após tantos revezes – e idade para renascer das cinzas, para se dizer pouco.

O tucano é um jogador contumaz, e tem dado mostras sucessivas de que vem jogando melhor que todos os seus aliados juntos – e os adversários também, claro.

Ele pode, por exemplo, de fato não ser candidato.

Pode cruzar os braços. O que seria uma vantagem para aliados.

Pode escolher um nome novo, de última hora. O que o recolocaria na perspectiva de vitória.

Pode ficar até o final do mandato. O que tiraria de pelo menos um ativo grupo, muito de sua vontade de poder.

Pode mais. Ele é governador.

Parece simplório o raciocínio, porém mais simplórios se mostram aqueles que liquidam as chances de Marconi na disputa avaliando a derrocada pelo desgaste de hoje.

Seu poder de recuperação já se mostrou acima da média. Em 2001, ele iniciou uma arrancada que o tirou de uma desvantagem considerável e lhe deu a vitória sobre Maguito Vilela (PMDB) no primeiro turno.

Seus métodos envelheceram? Sim, o recurso da recuperação naquele ano é o mes­mo que começa agora: governo itinerante.

Mas há que se considerar que talvez não seja bem assim. Em 2001, o governo itinerante era uma bandeira de Marconi; hoje, está mais para uma brincadeira de Daniel Goulart. Donde há de se concluir que não é no governo itinerante que Marconi aposta suas fichas na recuperação. Isso é pouco.

A maior força de Marconi está nele mesmo, principalmente como jogador matreiro, experiente, neste momento. E um jogador com caneta ativa na corajosa mão esquerda.

Alternativas existem. Veja­mos. Se…

Se ele não é um candidato cobiçado, quem negará sua habilidade como cabo eleitoral? Quem ousaria recusá-lo como tal, ainda que agindo de forma indireta, ou como coordenador de campanha? Al­cides Rodrigues, ex-vice dele e ex-governador que o sucedeu, não recusou.

Se dizem que, sem o “animal político” Iris (como ele próprio se denomina), a oposição é um imenso barco à deriva, o que é a situação, sem Marconi?

Se Marconi fica no governo até o final, o que acontece com o grupo do presidente da Assembleia Legislativa, Helder Valin (PSDB), que aposta fichas no atual vice-governador, José Éliton (ex-DEM, a caminho do PP), ou como candidato a reeleição (caso assuma o governo em abril, com saída do tucano), ou de novo como vice, numa chapa de reeleição?

Se Marconi resolve tocar seu governo e dar pouca atenção ao candidato que em tese será seu aliado mas que terá sido escolhido contra sua vontade, quem guiará a máquina pública e colherá financiamento para as campanhas dos que o rodeiam, sem a conhecida competência dele nesse ramo?

O novo pode sair

até do marconismo

Marconi pode insistir e ser candidato, independente da vontade de aliados.

Um candidato na base do tudo ou nada, mais fadado a perder do que motivado a ganhar. Um candidato só pra contrariar. Um candidato por raiva ou iludido. Mas candidato.

Caso Marconi jogue para escolher um nome novo, de sua preferência, aí…

Aí ele seria “o” candidato. Indiretamente, mas seria.

E seria um candidato sem o peso negativo que o afunda, hoje.

Porque o novo que venceu Iris em 1998 não tende a vir necessariamente da oposição simplesmente porque Marconi está, como o peemedebista estava, velho no poder.

O novo pode vir de qualquer lugar, inclusive do ninho marconista.

Marconi, com um nome novo apoiado por ele e pelos cerca de 10 bilhões de reais de verbas federais que tem possibilidade de gastar até a eleição e depois, pode entrar no jogo como favorito.

Nome novo? Só pra ficar em quatro mais citados por enquanto: Edward Madureira, Otávio Lage Filho, Giuseppe Vecci e, para o bem ou para o mal, José Éliton.

Pode ser um outro, sobre o qual ninguém está falando ainda. Não seria este, inclusive, o mais forte, que chegará na reta final de definição sem qualquer desgaste?

E antes de toda essa situação ser uma desvantagem, aponta mais para uma… vantagem competitiva.

Em 1998, o nome de Mar­coni só foi definido mesmo nos primeiros dias de julho. Antes, tudo era especulação e confusão. Alguém se lembra?

Para a oposição, um novo nome marconista tiraria de pronto sua… vantagem competitiva.

Renovação, mudança, alternância de poder, tudo isso tem sido usado por opositores de Marconi para justificar a necessidade de o povo derrotá-lo, e ao seu grupo (o que era e o que resta).

Num lance, Marconi em­pata o jogo, ou ao menos dei­xa de se posicionar em larga desvantagem.

Isso, só pra lembrar, mais sua capacidade de fazer campanha, o dinheiro que costuma captar, e, que seja (sim, há muitos funcionários públicos contrariados, gente da Educação, policiais, etc., mas nem todos), parte da máquina trabalhando para ganhar, é no mínimo equilíbrio de forças.

E equilíbrio de forças em Goiás tende mais a Marconi ou à oposição?

Os amadores X O profissional

A oposição age contra Marconi com o amadorismo de outras eleições, e esta é por si só uma desvantagem competitiva. Somada a esta outra, tem-se aí um cenário imprevisível, longe do que hoje os oposicionistas veem. E distante da avidez dos aliados interessados em dar o nó no governador.

Intuição crua versus profissionalismo.

Intuitiva e nada profissional, a oposição trabalha com a ideia de que Marconi está mal e não vai se recuperar a tempo de ser competitivo.

Esquece ou ignora as virtudes marconistas, vicissitudes como as citadas, e as voltas que o mundo dá: ele pode melhorar a imagem, ser candidato, lançar um nome novo etc.

Intuitiva e nada profissional, a oposição subestima Marconi e se superestima.

Neste momento, por exemplo, PT e PMDB se atacam nos bastidores, embora insistam no discurso de unidade inabalável em 2014 e a própria razão política mostre que este é o caminho mais curto.

A questão que fica: se vão se unir, por que se atacam? Por que disputam algo que nem têm? Por que o foco nos defeitos alheios, em vez da construção de uma unidade positiva?

É novidade que os governistas briguem entre si, em clima de implosão de uma reunião de interesses que até aqui foi vencedora. Agora, soa engraçado que oposicionistas trabalhem uns contra os outros no momento em que mais próximos estão de uma possível vitória.

O próprio tratamento dado a Iris é outra mostra de como oposicionistas dilapidam o próprio ‘patrimônio’.

Com a única exceção do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), que o exalta, os petistas de modo geral ainda ficam engasgados na hora de dar a César o que é de César, a Iris o que é de Iris: uma dimensão popular e eleitoral que ultrapassa PT e PMDB juntos, em resposta dos goianos nas urnas e nas intenções.

Em outra ponta, um nome indica o nível das contradições e desacertos de PT e PMDB hoje: o do prefeito de Anápolis, o petista Antônio Gomide.

Gomide é o novo com uma administração bem avaliada a mostrar. É a tese, em contraponto à antítese Iris Rezende, velho de guerra com seus quase 80 anos de idade e mais de 50 de vida política.

Até peemedebistas reconhecem as qualidades. Muito inclusive apontam o prefeito de Anápolis como o candidato ideal.

Ocorre que pesa contra Gomide o fato de ele pouco ter trabalhado pela candidatura de Iris ao governo em 2010. E ainda que não tenha aceitado composição com o PMDB na cidade, insistindo em chapa pura.

Ou seja: Gomide nada tem a dar em contrapartida para ter a graça… irista.

E Paulo Garcia? Tem a contrapartida (o seu vice é o peemedebista Agenor Maria­no) e simpatia de lado a lado. O que ainda não tem é uma administração que o qualifique para o embate.

É uma possibilidade, não uma certeza.

Friboi precisa de Iris.

Iris precisa de Friboi

Há o furacão do momento, chamado Júnior Friboi.

No PSB, Friboi alimentou por meses a ideia de que, para vencer, não poderia ser candidato nem com apoio de Mar­coni, nem de Iris. O povo goiano já estaria cansado dos dois e alguém que chegasse pela terceira via seria o abençoado. Desistiu da ideia visionária. Está a caminho do PMDB.

E eis que se bate de imediato com… Iris.

Os peemedebistas, de modo geral, querem Friboi não por seu belos dotes intelectuais, até porque, se os têm, não os apresentou.

Eles o querem porque tem o que Iris não oferece: dinheiro farto em época de campanha.

Mesmo que Friboi se iluda com a visão de que todos o buscam porque ele é um empresário de sucesso, é fato que sua força está na capacidade de enfrentar de igual para igual, em gastos, a, digamos, inesgotável disposição de Marconi Perillo.

Friboi, como potencial de gasto de campanha, é um governo vivo.

Mas se Friboi oferece o que Iris não tem, Iris oferece a Friboi o que ele também não compra fácil no mercado eleitoral: lastro popular.

Os dois, juntos, são o sonho de consumo de muitos opositores.

É o que alimenta a propagação da chapa ideal, no querer de tantos: Iris governador, Friboi vice, deputado federal Rubens Otoni (irmão de Gomide) senador.

Só que Iris deixa claro não engolir Friboi, que chega ao PMDB pelas mãos do PMDB nacional de Michel Temer, presidente do partido e vice-presidente da República interessado em manter-se como está, vice, na chapa da petista Dilma Rousseff (tirando dessa disputa direta, olha só, Eduardo Cam­pos, presidente do PSB, de onde, olha só de novo, Friboi está saindo).

E Friboi? Não ajuda quem o quer ajudar: deixa claro não se importar com a liturgia do poder, que recomenda tratar Iris a pão de ló, em vez de atropelá-lo com a perspectiva de dinheiro demais e a determinação do jogo eleitoral de Michel-Dilma.

Os dois, que se completam, se estranham nos bastidores.

Esse PMDB-PT é o que se comporta hoje como quem está em vantagem, contra um Marconi que julgam que já perdeu.

Assim como os aliados que renegam o tucano.

Assim como, em outra medida, os cavaleiros da terceira via, que, apesar de terem perdido Júnior Friboi – lembram que há poucas semanas chegaram a anunciar que estariam todos juntos? –, continuam convictos de que com cinco minutos e Vanderlan Cardoso (sem partido, porém a caminho do PSB abandonado por Friboi) ou Ronaldo Caiado (DEM) à frente, também po­dem vencer, por razões idênticas: Marconi está fragilizado, acabado, é alvo fácil.

Ledo engano. Os fatos re­centes, a história e o bom senso deixam claro: o jogo está armado, mas não está liquidado.

Nem tudo está ganho, muito menos perdido

O governador tucano não ganhou, mas também não perdeu. Está abalado, mas não abatido. Está no jogo, porque o jogo está a meio caminho.

Marconi não é o tipo de político que se vence com dinheiro ou pressão. É do tipo que não basta descascar; é preciso cortar (politicamente, que fique claro) pela raiz.

A capa da nova Carta Capital machuca? Sim. No entanto, para abater o tucano de vez, é preciso ir além. Como ser deixado para trás, depois de um novo escândalo, pelos constrangidos companheiros nacionais, que entre um aliado a menos e um incômodo a mais, podem pragmática e definitivamente optar pela primeira alternativa.

Quem sabe?! Aí…

Do contrário, à parte a imagem atirada na lama e outros contratempos, o que ele perde é só e apenas casca – excesso; aquilo que, na prática, é desnecessário e descartável.

Em política, o que não derrota, fortalece.

Está aí Iris para contar a história: morto em 1998; vivíssimo em 2013.

Marconi que o diga.

Alguns nomes podem substituir Marconi Perillo na base aliada

José Eliton Figueiredo
Cargo: vice-governador;
Grupo: aliado do presidente da Assembleia, Helder Valin (PSDB);
Filiação: Deixou o DEM e deve filiar-se
ao PP;
Para se manter no cargo de vice-governador, José Eliton aderiu a um grupo forte no governo liderado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Helder Valin (PSDB). Após litígio com o deputado Ronaldo Caiado, deixou o DEM e se encaminha para filiar-se ao PP, partido com lastro no Estado). Se o tucano desistir de disputar a reeleição, José Eliton passa a ser uma das alternativas para a base aliada em 2014. Nesse cenário, o ideal é que Marconi deixe o cargo, dispute mandato de senador ou deputado federal e abra caminho para José Eliton ser governador e candidato à reeleição.

Otavio Lage de Siqueira Filho
Cargo: não exerce cargo público. Ex-prefeito de Goianésia (2001-2008).
Grupo: Não tem grupo no governo. É aliado do deputado federal Vilmar Rocha (PSD) e com trânsito entre os tucanos.
Filiação: PSDB
Otávio Lage de Siqueira Filho, o Otavinho, é filho do ex-governador Otávio Lage. Aliado do governador Marconi Perillo, ajudou seu irmão, Jalles Fontoura, vencer a disputa pela prefeitura de Goianésia no ano passado. Otavinho é considerado um bom administrador (é ele um dos principais responsáveis pelos prósperos negócios da família Lage) e não tem nenhum desgaste. Ter berço político conta a favor. É cotado para ser candidato a deputado federal, mas seria uma alternativa a Marconi. Tem condições de bancar a estrutura de uma campanha majoritária, e/ou buscar fortes financiadores privados.

Giuseppe Vecci
Cargo: secretário de Planejamento e Gestão do Estado;
Grupo: lidera o principal grupo do governo Marconi, o dos amigos e aliados da primeira hora. Ao seu lado estão Carlos Maranhão (VLT), José Carlos Siqueira (Controladoria), José Taveira (Detran) e Antônio Faleiros (Saúde), entre outros.
Filiação: PSDB
Amado por uns, odiado por outros tantos, Giuseppe Vecci tem sido um dos principais expoentes dos governos tucanos em Goiás. Ligado ao ex-governador Henrique Santillo, Vecci sempre deu as cartas nos governos de Marconi Perillo. Seu grupo, os santillistas, estão em muitos postos do governo. Agora, o tucano planeja uma candidatura a deputado federal. Nos últimos dias, porém, passou a ser lembrado como alternativa a Marconi, caso o governador desista da reeleição.

Edward Madureira
Cargo: reitor da Universidade Federal de Goiás;
Grupo: não tem (embora tenha relação muito boa com a família Lage);
Filiação: ainda não tem;
O reitor da UFG, Edward Madureira, hoje é cobiçado por dez entre dez partidos em Goiás. Com uma gestão ousada, marcada por obras e crescimento da Universidade, Madureira tem convites para se filiar ao PMDB e ao PT, entre outras siglas, incluindo as governistas. O reitor é lembrado para disputar mandato de deputado federal. Nada impede, porém, que receba um tentador convite para se apresentar como candidato ao governo de Goiás. Apesar de não ter exercido mandato, é considerado um nome com potencial intelectual e administrativo. Como Marconi Perillo tem experiência em cooptar nomes promissores, Edward pode estar nos planos.

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Cargo: de preferência, da iniciativa privada;
Grupo: não precisa ter – pode ser escolha pessoal do governador Marconi Perillo;
Filiação: um partido forte da base aliada – PSDB, PSD ou PP;
Esse seria o novo, um nome que represente mudança (ainda que apoiado pelo governador Marconi Perillo), modernização
e não tenha os vícios dos políticos de carreira. Se for alguém já com mandato,
que tenha essas qualidades de forma clara
e nada de rabo preso. Tende a ser definido
e apresentado como candidato
próximo a junho, mês das convenções
para definição dos candidatos a sucessão estadual.

Vassil Oliveira

Jornalista. Escritor. Consultor político e de comunicação. Foi diretor de Redação na Tribuna do Planalto, editor de política em O Popular, apresentador e comentarista na Rádio Sagres 730 e presidente da agência Brasil Central (ABC), do governo de Goiás. Comandou a Comunicação de Goiânia (GO) e de Campo Grande (MS).