A desoneração do ICMS sobre os combustíveis das empresas do transporte coletivo já foi estudada e já está nas mãos do governador Marconi Perillo (PSDB). A retirada da cobrança do IPVA dos ônibus também já foi analisada.
Em síntese, o governo já sabe que pode fazer a desoneração, quanto ela custa e o quanto pode reduzir a tarifa.
E por qual motivo não fará, agora?
Simples: política e eleições.
O governador guarda a desoneração como uma “carta na manga” para a eleição de 2014. Quer reservar um benefício a ser dado no ano que vem, exatamente na porta de entrada da eleição estadual.
Essa redução poderia ser feita agora?
Sim, poderia.
No entanto, o governador avalia que o movimento pela redução da tarifa já diminuiu a mobilização e não deve provocar qualquer incômodo político à administração, agora. A intenção ficou tão explícita que Perillo falou dela, abertamente, numa reunião com os vereadores de Goiânia na quinta, 4.
O assunto foi tratado entre o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia(PT), e Perillo no dia em que os dois participaram do encontro de governadores e prefeitos com a presidenta Dilma Roussef.
Altair Tavares
Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .