A OAB vai direcionar às subseções, este ano e no ano que vem, o dinheiro que ia para o seu clube social, o CEL, que fica em Goiânia.
Esta é a solução anunciada na terça-feira pelo presidente da OAB, Lúcio Flávio, que resolve um dilema – ou dois problemas: como investir no CEL e ao mesmo tempo atender às seccionais no interior, sem que isso pese mais no bolso do associado.
Solução criativa para tempos difíceis.
O CEL sempre representou despesa alta para a entidade. E, no fim das contas, atende essencialmente aos advogados da capital.
Na outra ponta, as subseções clamam por atenção e recursos.
Com a saída encontrada por Lúcio, metade do dinheiro economizado irá diretamente para onde estão os advogados do interior.
E o CEL terá potencial de ganho, e não perda.
Sob gestão da CASAG, o clube poderá receber as melhorias que os frequentadores cobram.
É o objetivo, é o que se espera.
Mais do que criatividade, Lúcio Flávio mostra que acordou para dois aspectos:
precisa cumprir os compromissos de campanha… …e mostrar resultados de sua gestão, em vez de deixar-se desconstruir pelos adversários – e pelo ‘fogo amigo’, como já anotado aqui.
Leia mais:
– Fogo amigo na OAB – e o inimigo à espreita
Lúcio Flávio mostra, aos poucos, que está no jogo da campanha que, independente dele querer ou não – e de admitir -, corre acelerada na OAB.
2018 começou mais cedo não só para a disputa pela Presidência da República e pelo governo do Estado.
Entre os advogados, o assunto predominante dos bastidores é a eleição na entidade.
Tudo gira em torno da sucessão. Elogios ou críticas, todos os movimentos apontam para as urnas.
Não dá pra perder o foco. Porque é correr o risco de perder a eleição.
O que a oposição entendeu faz tempo, parece que agora Lúcio Flávio também entendeu. E está agindo.