Na semana passada, deputados estaduais e vereadores por Goiânia voltaram ao trabalho. Bom pelo menos na teoria. O que se viu foi pouca produtividade. Os parlamentares podem até questionar que projetos foram aprovados e outros assuntos tiveram encaminhamento dado. O que ocorreu na prática é que o legislativo já está em campanha eleitoral.
Vereadores e deputados têm a intenção de se candidatar nas eleições municipais. Vereadores em sua maioria tentam a reeleição, alguns se arriscam e tentarão voos mais altos, pretendem ser prefeitos, assim como vários deputados. Isso é legal e é direito deles disputarem eleições.
O que não é nada legal para você eleitor, pelo contrário, até imoral é o abandono do trabalho neste período. Os parlamentares foram eleitos para nos representar durante quatro anos e não menos que isso. Não podem abandonar o trabalho para tentar outro mandato. Devem lembrar que primeiro foram eleitos para a atual legislatura e se desejam uma nova eleição devem fazer por onde.
Um exemplo bem claro ocorreu num mesmo dia na semana passada, quarta-feira (3). Na Câmara Municipal de Goiânia que geralmente tem quórum aceitável, com boa participação de vereadores, ocorreu algo que é lamentável. 25 projetos da Comissão de Constituição e Justiça deixaram de ser votados porque apenas dois dos cinco vereadores estiveram presentes. Os suplentes também não apareceram e a sessão não foi aberta.
Na Assembleia Legislativa a sessão durou poucos minutos, logo parlamentares pediram verificação de quórum e não havia número de deputados suficientes para a discussão e aprovação de matérias. Sessão encerrada.
No legislativo estadual ainda há um agravante, vários deputados registram presença, saem do plenário, vão para o salão nobre ou para os gabinetes e só voltam quando o presidente da Casa, Hélio de Sousa (PSDB) após um grande exercício de paciência chama nominalmente, como crianças em escolas infantis o nome dos parlamentares para que votem projetos de interesse da sociedade.
A você eleitor vale ficar atento com aqueles que você elege para que o represente em plenário, debata os projetos que poderão afetar a sua vida, o seu cotidiano.