06 de setembro de 2024
Publicado em • atualizado em 09/05/2017 às 20:29

Legado apagado

Sinalização da "ciclovia" na Couto Magalhães (Foto: Arquivo- Prefeitura de Goiânia)
Sinalização da "ciclovia" na Couto Magalhães (Foto: Arquivo- Prefeitura de Goiânia)

A administração do ex-prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), foi mal avaliada pela população. Apesar disso, um dos legados positivos deixados pela gestão passada foi a construção de pistas compartilhadas entre ciclistas e pedestres, ciclofaixas, ciclorotas. A sinalização horizontal que já não era lá essas coisas, está apagada em muitos pontos da capital.

Antes da administração de Garcia, eram poucos espaços adequados para se andar de bicicleta na cidade. Ainda continuam sendo poucos. Na gestão do petista passou a se pensar na proteção ao ciclista que se arrisca a circular por ruas e avenidas de Goiânia, o que é positivo. A cidade não é apenas para carros, a cidade também é para as pessoas.

Não dá pra se chamar de ciclovia, o que foi construído nos corredores preferenciais do Transporte Coletivo, como: Universitário e T-63. A administração anterior costumava chamar ciclovias, mas o correto é uma pista compartilhada entre ciclistas e pedestres. Não é ciclovia, pois não há separação física do passeio do pedestre para a pista dos ciclistas, o espaço é o mesmo.

Mesmo com esta diferença de conceitos, ainda sim a administração anterior estava correta. Transporte de bicicletas deve ser pensado como uma extensão do transporte coletivo. Não vai resolver o problema, do trânsito e da mobilidade em Goiânia, mas é uma importante alternativa. O prefeito anterior dava exemplo neste aspecto, indo para o trabalho de bicicleta, sem seguranças e apenas com alguns de seus colegas de Paço Municipal.

A atual administração erra ao não manter a sinalização. Está apagada em vários pontos de Goiânia, a ditas “ciclovias” estão com diversas falhas, com ondulações que atrapalham a trafegabilidade dos ciclistas. Independentemente da situação financeira da Secretaria Municipal de Trânsito e Mobilidade (SMT), é preciso manter as ciclofaixas pintadas e conservadas e a Seinfra precisa dar a devida manutenção nas “ciclovias”.

A bicicleta nas ruas faz parte de uma realidade cada vez mais presente. Para isso, é fundamental que o poder público dê as devidas condições para os ciclistas andarem pela cidade. Sem sinalização e segurança, resta aos ciclistas se aventurar, mas vale também lembrar que em vias públicas para evitar atropelamentos, quem anda de bicicleta também deve respeitar as mesmas regras de trânsito válidas para motoristas.