Jacqueline Laloufa publica um texto institgante e provocante sobre a profissão de jornalista, no site Bluebus, especializado na área de comunicação.
Recomendo a leitura, em especial aos jornalistas para uma reflexão sobre as ideias que são tratadas no texto.
Jornalista é a pior profissao do mundo, nos EUA vale + a pena ser marinheiro (?)
Apesar das demissoes em massa e rumores de fins de publicaçao, veículos de grande porte negam que exista uma crise no jornalismo, embora estudos no Brasil e no mundo nao endossam a afirmaçao. Nos EUA, uma pesquisa da Bankrate sugere que é mais ‘lucrativo’ investir na formaçao de marinheiro (!) do que pagar uma faculdade de jornalismo, que sai cara e nao dá retorno em bons salários e estabilidade profissional. No Brasil, segundo reportagem da Agência Pública, a situaçao nao é muito melhor – sao jornadas extensas, de 9 a 11 horas diárias, salários baixos e excesso de ‘pejotizaçao’, que precariza o trabalho do jornalista.
A matéria também cita que a falta de descanso do jornalista e que turnos sem intervalos corretos acabam causando estresse, complicaçoes de saúde e, em casos mais graves, aumento do consumo de álcool e ansiolíticos. O ‘complexo de elite’ do jornalista citado por Cynara Menezes recentemente, que ‘no imaginário da populaçao ainda tem algo de heroico’, também gera um choque de realidade que costuma levar à insatisfaçao e frustraçao logo no início da carreira.
Por aqui, fico na torcida que a crise funcione como uma forma do jornalismo se reinventar – como fazer para sobreviver sem o intermediário da notícia? Outras indústrias têm passado pela mesma complicaçao, e o futuro nao necessariamente precisa ser ruim. Iniciativas como o NINJA podem, quem sabe, conseguir algum sucesso em médio prazo.
Altair Tavares
Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .