28 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 23/03/2014 às 23:11

Jogo é jogo. Eleição…

(Artigo publicado originalmente no Tribuna do Planalto)

Nas últimas semanas, os principais partidos de Goiás entraram em estado de tensão máxima. Como se o campeonato eleitoral estivesse no fim. Isso é o que parece, não é a vida política como ela é. Na prática, há um jogo sendo jogado, uma eleição sendo armada. Tudo está em aberto.
Os números da pesqui­sa Tribuna do Planalto/Gru­pom mostram cenários factíveis, situações possíveis, com data definida: hoje, agora. Não definem a disputa, nem antecipam o resultado de outubro. Diria aquele jogador: a partida ‘como um todo’ é maior que a fotografia de um instante.
Toda a atenção está concentrada no que vão fazer PMDB e PT, em especial. Iris Rezende e Júnior do Friboi vão se entender? O petista Antônio Gomide vai renunciar ao mandado na Prefeitura de Anápolis? Os dois partidos vão se entender, ou cada um lança um nome?
E o DEM, do deputado federal Ronaldo Caiado, fica com o governador Marconi Perillo (PSDB) ou com o PMDB, se este não fechar com o PT? Ou Caiado pode mesmo ali­nhar-se com Vanderlan Car­doso (PSB), apesar das caneladas dos integrantes da Rede, Ma­rina Silva, Martiniano Caval­cante e o vereador goianiense Elias Vaz?
Marconi é ou não é candidato? E Iris, se não for, entra em campo, ou pega a bola e vai para casa?
São perguntas fáceis com respostas difíceis. Como no Brasil somos todos técnicos natos – e narradores também: quem não pimba na gorduchinha!?! –, cada um tem um time, uma opinião definitiva, uma estratégia infalível e está pronto para entrar em campo.
O mais provável é… Que essas perguntas não sejam totalmente respondidas no final deste mês, nem no início do próximo, com a saída ou não de Gomide da prefeitura… Que as soluções sejam parciais, com a defesa empurrando a indefinição para a frente, para junho, mês das convenções. E que, até lá, outros lances interfiram no campeonato.
A situação de momento, caros torcedores, não é confortável para ninguém. Na pesquisa, Marconi e Iris polarizam, mas estão próximos dos de­mais. Vanderlan corre em situação igual à de quatro anos a­trás. Fri­boi não deslanchou, e assim abre a guarda para inevitáveis caneladas. Gomide, sim, tem a comemorar. Quer dizer, um pouco. Por ora, mantém-se co­mo jogador com bom potencial; falta entrar em campo verdade.
Nas conversações, segue tudo embolado. A base governista vive a angústia do fraco desempenho do governador na intenção de voto e na avaliação de seu governo. Sempre espera-se mais dele. E têm as dúvidas sobre sua candidatura. A oposição chuta para todos os lados, ninguém é de ninguém, em termos de aliança. Quer dizer: tudo é tudo, nada é nada, e bola pra mato que o jogo é de campeonato.
Então, por que as pesquisas? Ora, e por que não? O jogo está sendo jogado, e escancarar todos os lances, mostrar cada particularidade em câmera lenta e atenta, ‘faz parte’. É a imprensa ‘dando o melhor de si’, para que o leitor, ouvinte, telespectador, internauta, o eleitor marque o gol em outubro.
Porque o gol é o grande detalhe: tem que ser do eleitor. Tem que ser ‘gool bar-ra-lim-pa!’ Nós é que temos de vencer.
Então, fique ligado. Jogo é jogo, pesquisa é pesquisa e eleição… Bem, eleição é uma caixinha de surpresa.

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .