Aliado e ex-presidente da Goinfra (quando o órgão tinha o nome Agetop), Jayme Rincón diz ter certeza que o ex-governador Marconi Perillo estará presente em uma candidatura nas eleições em 2022. Apesar do tucano ainda não definir qual cargo tentará, seu aliado defende que ele viabilize sua pré-candidatura ao Senado Federal. “Ele não decidiu, mas ele com certeza estará nas próximas eleições disputando a cadeira no Senado ou a recondução ao Palácio das Esmeraldas para reconstruir Goiás”, destacou na manhã desta quinta-feira (05/05) em entrevista concedida a mim, no programa Manhã Bandeirantes.
“Eu acho que ele deveria disputar o Senado porque ele seria re-inserido novamente no cenário nacional. Mas vai haver uma pressão muito grande, em função da atual gestão para que o Marconi Perillo dispute o Governo”, complementou criticando indiretamente a administração tocada por Caiado. Tucanos defendem que o tema desta campanha será a “comparação” entre os governos Perillo e Caiado.
Rincon ainda destacou críticas a Operação Cash Delivery e disse que se não fosse isso, Marconi Perillo não estaria em dúvidas se iria ser candidato ao Governo ou ao Senado. Ele seria o nome da atual terceira via a presidência da República.
“Só para ressaltar: se não fosse a famigerada Operação Cash Delivery, o Marconi Perillo era o candidato do PSDB hoje da terceira via a presidência da República com chances de ganhar. Essa operação tirou dos goianos o direito de eleger ou de ter um goiano, ex-governador, disputando a presidência da República, com chances de ganhar”, concluiu.
Justiça anula condenações na Cash Delivery
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, acatou parcialmente, na última quinta-feira (28/05), o pedido de habeas corpus da defesa de Jayme Rincón e entendeu que a Justiça Federal não tem competência para apreciar a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal em 2019. Portanto, todas as denúncias da Operação Cash Delivery foram retiradas da Justiça Federal.
A operação foi deflagrada em 2018 para apurar supostos repasses indevidos para agentes públicos em Goiás com base nas delações da Odebrecht. Na ocasião, Rincón e o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) chegaram a ser presos e logo foram liberados. A defesa chegou a comparar a Operação em Goiás à Lava-Jato, tocada em Curitiba.
Em coletiva realizada na última terça-feira (03/05), Rincón disse ter sido alvo da “maior armação política da história de Goiás”.
(Com edição de Domingos Ketelbey)
Altair Tavares
Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .