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Em um ano e seis meses de administração, o experiente prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB) não conseguiu até o momento construir uma base forte e coesa na Câmara Municipal de vereadores. Com a construção de um novo projeto relativo a previdência dos servidores, Iris tem a grande chance de finalmente ter uma base que defenda os projetos enviados pelo Executivo e a própria administração.
Fazendo uma analogia mineira, Iris tem a “faca e o queijo” para construir a base na Câmara. Em poucas vezes o prefeito conseguiu reunir vereadores. Na última segunda-feira (18), Iris esteve reunido com 21 vereadores, a única ausência sentida foi de Clécio Alves (MDB), que alegou não ter sido convidado. Iris quase não teve oportunidades ao longo deste mandato de sentar e dialogar com um número tão grande de parlamentares.
Atualmente é comum a cena de parlamentares da base fazerem críticas pesadas a administração, a secretários e ao próprio prefeito. Diferente de outras gestões, poucos vereadores têm acompanhado o prefeito em atividades da prefeitura, por exemplo os mutirões.
Iris tem a oportunidade de se aproximar da sua base na Câmara, de ter uma boa relação. A construção de um projeto em conjunto é um passo para que os parlamentares sejam convencidos a apoiar o Executivo e ao mesmo tempo ter respaldo e atenção para as demandas que são encaminhadas.
Vereadores negam que haja interesse por busca de cargos, fato negado por alguns secretários da administração de Iris. A prefeitura atualmente tem 1,2 mil comissionados de um total de 48 mil servidores. 21 votos daria a aprovação em todos os projetos de maioria simples, só não seria suficiente para matérias de emenda à Lei Orgânica de Goiânia, em que há a necessidade de 24 votos para obter aprovação.
Mesa Diretora
A construção de uma base de apoio pode colaborar para que o Executivo consiga indicar nomes para eleição da Mesa Diretora da Câmara em dezembro. Por mais que membros da prefeitura digam que não há interferência neste pleito, por se tratar de uma eleição interna, na prática, há sim total interesse.
A situação de Iris Rezende na Câmara só não é pior pelo fato de Andrey Azeredo (MDB) ser ligado ao prefeito e usar o regimento da Casa para proteger Iris quando necessário, por exemplo, ao encerrar sessão na semana passada no momento em que a oposição tinha maioria para derrubar o desarquivamento do projeto da previdência dos servidores.
Iris não tem maioria na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), no projeto que arquivou o projeto da previdência dos servidores, a base perdeu com relativa folga, quatro votos contrários a matéria e só dois favoráveis. A maior parte dos projetos passa pela CCJ antes de ser votada em plenário. A base trabalha na construção de nomes que venham alterar a realidade atual.
Conclusão
Se Iris não aproveitar de um momento menos crítico para construir uma base na Câmara, terá que esperar o processo eleitoral em que vereadores serão candidatos. Iris terá que esperar o sucesso dos parlamentares para que haja uma nova composição na Câmara e aí sim possa constituir uma base.