Com tanta boataria nos últimos dias sobre a saúde de Iris Rezende, achei até natural ouvir a jovem que acompanhava a entrevista dele à TV Anhanguera, nesta terça, falar com espanto:
- Nossa, mas o Iris tá bem demais!
Nas redes sociais teve quem brincasse dizendo que queria tomar o energético que o Iris tinha tomado, tal a energia que ele mostrava ao falar sobre estes primeiros 100 dias de sua administração em Goiânia.
O espanto, vejam só, não é com Iris. Porque Iris segue sendo Iris: firme nas declarações, gestos largos, paixão de sobra na voz.
O espanto é porque o Iris na TV não é o Iris sem eira nem beira das maledicências e das teorias conspiratórias que correram soltas nos últimos dias.
Fácil entender.
Tem gente que quer que Iris vá muito mal na administração, por razões estratégicas, eleitorais.
Tem os que até não querem que ele vá mal, mas também não querem que vá muito bem. Por razões idênticas.
E tem os que estão pouco importando se ele será bom ou mal prefeito, desde que garantam sua parte em cargos, contratos ou outros benefícios públicos indiretos.
Quem mais tem feito mal a Iris neste início de administração não é a oposição, não são os adversários. Esses estão no seu papel – papel institucional, inclusive.
Quem mais tem prejudicado Iris e a cidade, por extensão, são os que se vendem como companheiros e agem como inimigos.
Os que, incomodados em não serem atendidos como gostariam, partem para a vingança criando estórias e fofocas não para melhorar a administração, mas para desgastar a imagem do prefeito.
Conseguirá Iris superar este fogo cruzado? Está aí o ponto que importa. Se não conseguir, fatalmente a sua gestão fracassará.
Mas Iris é Iris.
O que para alguns se chama velhice, muitas vezes é tão somente exercício de lucidez.
Resta a doença.
Olhando bem, talvez esteja mesmo é nos olhos de quem o vê.