O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), está enfurnado no Paço Municipal e isso tem incomodado muita gente. Na oposição e na situação.
Gente que aproveita a quietude do prefeito para fazer discurso contra, criticar a falta de ação; outra gente que quer movimento para ver se lucra politicamente com uma administração positiva. Ah, sim, e uma pouca gente que simplesmente sofre por vê-lo apanhando como está.
O enfurnado é a expressão que talvez melhor traduza esse incômodo, porque dá a ideia de que ele só quer ficar lá e não vai para as ruas. E é isso: acham que ele simplesmente está devagar.
Na prática, Iris conversa, ouve, toma decisões com sua equipe. Não para. Está ajustando a máquina à sua imagem e semelhança.
E isso desgasta. É cortar gastos, rever contratos e segurar contrações, desagradar. E isso enquanto a prefeitura vai no impulso, em ritmo lento.
Muitos queriam Iris ao estilo Doria, que faz e acontece em São Paulo. Queriam Iris fazendo onda. Espalhando água para todos os lados. Citam como contraponto o governador Marconi Perillo (PSDB), que potencializa as mínimas ações na mídia.
Mas Iris, Doria e Marconi são estilos diferentes. Doria faz espetáculo. Paga de marqueteiro. Marconi busca sempre mostrar agilidade acima de tudo. Iris é pé no chão. Na dele.
O mais curioso é ver Doria defendendo o mutirão, e Iris adiando exatamente o início desta que é sua marca registrada. Mas é isso: adiando.
O mais provável é que Iris, assim que estiver seguro da prefeitura que tem em mãos, faça a virada.
Virando, a coisa engrena
Vamos ver.