28 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 16/07/2019 às 21:49

Iquego reduz despesa em R$1 mi e tenta retomar produção

Enquanto o governo de Jair Bolsonaro extingue contratos com laboratórios públicos, a administração de Ronaldo Caiado, em Goiás, tenta recuperar a Indústria Química do Estado de Goiás (IQUEGO). “Reduzimos a despesa mensal de R$1,9 milhão para R$850 mil”, relatou o presidente da empresa, Denes Pereira. No entanto, o destino da empresa é a privatização.

Para o presidente, a meta buscada na atual gestão é tornar a indústria pública “autosuficiente”, ou seja, equilibrar as receitas e despesas. Para isso, diz ele, busca parcerias para produção e distibuição de novos produtos.

Hoje, o produto que é o carro-chefe da IQUEGO é o glicosímetro que é vendido para várais prefeituras, entre elas as de São Paulo e Guarulhos. Pereira relata que já reuniu-se com a secretária de saúde da prefeitura de Goiânia, Fátima Mrué, para negociar o mesmo produto.

“Outra meta é voltar com a produção de antiretrovirais”, diz o presidente, usado para o tratamento de pacientes de doenças sexualmente transmissíveis.

A grande vantagem que a IQUEGO tem no mercado é poder contratar com o serviço sem licitação, em virtude da característica pública da empresa. E, também, a produção com custos menores 25% baseado na isenção de impostos.

Privatização

No entanto, a recuperação da empresa vai encontrar, em breve, o processo de privatização que é compromisso do Programa de Recuperação Fiscal que o governo goiano busca com gestão federal. Na lista de privatizações, aparecem a Metrobus, a Iquego, a Celg GT e a Saneago. Esta, no entanto, Caiado já definiu que quer vender 49% das ações da empresa.

Rompimento de contrato

O Ministério da Saúde resolveu suspender, em junho passado, os contratos com laboratórios públicos nacionais. São eles: Biomanguinhos, Butantã, Bahiafarma, Tecpar, Farmanguinhos e Furp. O jornal Estado de São Paulo informou que a produção de 19 medicamentos foi afetada pela decisão do governo de Jair Bolsonaro. “De acordo com a Associação dos Laboratórios Oficiais do Brasil, a interrupção abrupta pode causar um prejuízo de R$ 1 bilhão na cadeia produtiva nacional”, informou o Estadão.

Experiência

Antes de assumir a presidência da indústria, Denes Pereira foi presidente da COMURG, nos dois primeiros anos da gestão de Iris Rezende na prefeitura de Goiânia. Lá, também executou um programa semelhante de redução de custos. Ele preside o PRTB, partido que apoiou o governador Ronaldo Caiado na eleição de 2.018.

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .