Na próxima terça-feira as duas da tarde em frente a Assembleia Legislativa de Goiás, os policiais civis vão decidir se entram novamente de greve.
A alegação é de que o governo do estado não teria cumprido com o acordo firmado.
LEIA MAIS: Governo processa policiais por “invasão” ao PPLT
Na época os agentes aceitaram a proposta do governo de um pagamento de bônus de produtividade de 20% e reestruturação da carreira.
O governo ficou de enviar projeto a Assembleia Legislativa, mas o pauta ainda não chegou a casa.
Os policiais foram até a Assembleia Legislativa. Eles acharam que o projeto seria lido na sessão desta terça-feira.
Não foi por dois motivos. Primeiro porque não teve sessão por falta de quórum. Segundo porque a matéria ainda não foi enviada a Assembleia.
Ajustes estão sendo feitos pela equipe econômica do governo. Insatisfeitos, cerca de 200 policiais foram até o Palácio Pedro Ludovico Teixeira e o invadiram.
De acordo com funcionários do local, houve muito tumulto e uma das portas de vidro chegou a ser quebrada.
Os elevadores do palácio foram desativados por medida de segurança. O grupo seguiu até o 7º andar, onde fica o gabinete do secretário de Gestão e Planejamento (Segplan), Leonardo Vilela, mas não foi atendido.
De lá, os policiais civis seguiram para o 8º andar, onde fica a pasta da Casa Civil.
O presidente do Sinpol, Silveira Alves, argumenta que por conta do governo não atender a categoria, atitudes duras como a invasão no centro administrativo.
Ele espera que o governo cumpra com o acordo firmado para que uma nova greve não seja iniciada a partir da próxima terça-feira.
O interlocutor entre a categoria e o governo durante todo o processo foi o deputado Marcos Martins (PSDB).
Segundo o parlamentar o governo não voltou atrás no acordo firmado com os policiais civis.
“O governo não voltou atrás. Estive hoje no palácio com o secretário de Segurança Pública, Chefe de Gabinete do Governador e Secretário de Gestão e Planejamento. O que houve foi uma mudança no cronograma no pleito apresentado” afirma o deputado Marcos Martins.
Quanto ao bônus, o parlamentar argumenta que deveriam ter sido pagos a partir de janeiro, mas a proposta é que as parcelas sejam pagas em novembro.
Os policiais Civis só deixaram o Palácio Pedro Ludovico depois que foram recebidos por um dos subsecretários.
Ele confirmou que o grupo será recebido por Leonardo Vilela em uma reunião marcada para esta quarta-feira (19).