14 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 15/03/2022 às 10:26

Instituto Cultural de Nova Veneza expõe história da imigração italiana em Goiás

Foto: João Paulo Balestra
Foto: João Paulo Balestra

Inaugurado no último dia 5, o Instituto Cultural Ítalo-Brasileiro Oswaldo Stival e Edith oferece ao público e visitantes de Nova Veneza, um memorial da história da imigração italiana no Centro-Oeste. Além disso, o local reproduz, em sua fachada, cenários de Veneza, de onde saíram os fundadores do município no qual está instalado, e conta com o espetáculo “Dança das Luzes”, aos finais de semana.

Com entrada franca, o novo atrativo turístico de Nova Veneza é aberto ao público de terça-feira a domingo, das 14h às 18h. Aos sábados, tem apresentação do memorial, de 9h às 12h e das 15h às 19h. Aos finais de semana, a dança das luzes acontece às sextas-feiras e sábados, às 20h40 e  às 21h e, aos domingos, às 20h30.

em frente à fachada do Instituto, que reproduz Palazzo Ducale em Veneza. Foto: João Paulo Balestra

Oswaldo Stival e Edith Peixoto são descendentes dos fundadores de Nova Veneza. Devido ao forte vínculo com o município, visto que Oswaldo foi prefeito por dois mandatos e se tornou um grande benfeitor de obras sociais e culturais na cidade e, ainda, idealizador do Festival Italiano de Gastronomia e Cultura em Nova Veneza, o instituto chegou como mais uma contribuição da família ao setor cultural.

Situado ao lado da Praça Matriz da cidade, na Avenida Vereador José Francisco Silva, Setor Central, o memorial reúne objetos históricos dos ascendentes italianos do casal, que ajudam a fazer um resgate da imigração italiana no Centro-Oeste, como um rádio, modelo Philips 313 A, fabricado na Alemanha no fim da década de 1930, que pertenceu ao pai de Oswaldo, João Batista Stival. Foi por ele que a família passou a ter notícias da Segunda Guerra Mundial na Europa, a mais de 9 mil km de distância. 

O memorial conta também com o primeiro telefone instalado em Nova Veneza, em 1939, pela família Stival. O modelo do aparelho é um Kellogg, todo de madeira, fabricado por volta de 1930. Objetos como garruchas (armas), espada, navalha alemã da marca Solingen, modelo La cabeza, prendedor de papel de bronze, em estilo vitoriano antigo, e strop de madeira para amolar e afiar facas/navalhas, fazem parte do museu e mostram como era a vida em Goiás naquela época. 

Foto: João Paulo Balestra

Além dos objetos citados, chama a atenção uma máquina de escrever da marca Remington, da década de 1930, e uma boneca italiana de mais de 100 anos. Há, ainda, outros artefatos históricos presentes no local. Em razão do reconhecimento às relevantes obras de resgate da cultura italiana no Brasil, Oswaldo Stival recebeu, em 2012, o título de comendador direto do presidente da Itália.

Presente na inauguração do memorial, o político e empresário Daniel Vilela destacou a importância do local. “O Instituto veio estabelecer aqui na cidade o resgate histórico e trazer um desenvolvimento permanente. Agradeço ao senhor Oswaldo e dona Edith por conceder oportunidade aos mais jovens, como eu, de conhecer nosso passado”, disse.

A expectativa, de acordo com o coordenador do espaço, Alessandro Stival, é ampliar oportunidades no local. “Queremos também, com o instituto, estabelecer parcerias para fomentar a cultura italiana e o turismo por meio de cursos, apresentações e outras iniciativas. Já estamos em tratativas com entidades e parceiros para, em breve, trazer essas novidades”, ponderou.

Dança das Luzes. Foto: João Paulo Balestra