21 de dezembro de 2024
Publicado em • atualizado em 12/02/2020 às 23:42

Impasse na Câmara. Base ainda não define novo percentual do reajuste do IPTU

Não houve consenso da base do prefeito Paulo Garcia na Câmara Municipal para estabelecer um novo percentual de atualização do IPTU. Após se reunirem por pouco mais de uma hora, os vereadores não chegaram a um acordo e um novo encontro ainda será marcado para encerrar o impasse e colocar o projeto de reajuste do IPTU em votação.

Na tarde desta quarta-feira (25) no Paço Municipal, o prefeito foi irredutível e não aceitou mudança de percentual, permaneceu com a proposta de 57,8% de reajuste do IPTU para 2015.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, vereador Carlos Soares (PT) destacou que o objetivo é que haja um consenso e que com o novo percentual seja possível atender a Prefeitura e não prejudicar a população.

“Enquanto a base não se unificar, nós não podemos apresentar. Do jeito que está o projeto está perdido, 58 não passa. Se não unificarmos num número, não há condições de passar”, destaca o petista. Não tem número que nos unifique por enquanto”, ressalta o petista.

Alguns parlamentares da base disseram que ontem em reunião no Paço Municipal, o prefeito Paulo Garcia teria dito que se for colocado um percentual diferente, ele vetaria o projeto.

O presidente da Câmara, Clécio Alves destacou que a Câmara tentará achar um meio termo, mas se o prefeito vetar, o poder legislativo tem autonomia para derrubar o veto.

“É um complicador, mas quem decide se quem aprova ou não é a Câmara. Prefeito tem o direito de veto e a Casa tem o direito de não aceitar o veto. Queremos buscar um caminho que possa ter a harmonia e o entendimento da maioria”, argumenta Clécio Alves.

Um parlamentar informou ao Diário de Goiás que durante a reunião houve uma proposta de 44,5%, mas não houve aceitação. A colocação foi feita por alguns parlamentares por entenderem que o prefeito poderia não vetar este índice. Ainda não há uma definição do percentual.

O líder do bloco moderado, vereador Zander Fábio (PSL), analisa que um exercício está sendo feito. De um lado para defender os interesses da população e de outro para atender os anseios do Poder Executivo. 

” Acho um erro o que a Câmara está fazendo, deveria haver um consenso entre os 35 vereadores e com a população. É um exercício muito duro”, ressalta Zander.

A reunião começou pouco depois das oito da manhã, foi suspensa para que fosse aberta a sessão ordinária em plenário e também para que ocorresse a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). 

Durante o encontro na sala da presidência, o vereador Welington Peixoto (PROS) foi até o plenário para reabrir e encerrar a sessão ordinária. Já a reunião da CCJ permanece suspensa e pode ser reaberta a qualquer momento. 

Outros vereadores saíram da sala da presidência durante a reunião. Paulo Magalhães (SDD), Célia Valadão (PMDB), Divino Rodrigues (PROS), Zander Fábio (PSL) e Fábio Caixeta (PMN).

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