Poucas vezes em sua história, o Vila Nova Futebol Clube atravessou um momento de calmaria entre seus dirigentes e conselheiros, como nos últimos anos. A atual gestão executiva que é liderada por Hugo Jorge Bravo tem o apoio dos colorados e conta com a sabedoria e jogo de cintura de Décio Caetano no comando do Conselho Deliberativo.
As famosas reuniões acaloradas no Onesio Brasileiro Alvarenga que sempre eram pautas no noticiário esportivo foram reduzidas. Inicialmente por conta da pandemia que limitou os encontros presenciais e na sequência pelo entendimento de que é preciso de mais objetividade nesses encontros.
Na última reunião ficou decidido uma mudança no estatuto. O mandato do executivo e deliberativo passa de dois para quatro anos. Isso permite que Hugo Bravo e Décio Caetano sigam à frente do Vila Nova até o final de 2025.
A maioria da torcida gostou. Não cheguei a fazer nenhuma pesquisa, mas no feedback de vários colorados – 95% aprovaram a continuidade na gestão, que mostra considerável avanço em vários setores.
O Vila Nova vem pagando sua dívida trabalhista e sendo visto de forma diferente pelo mundo do futebol. A estrutura vem recebendo melhorias e em breve o clube terá um centro de treinamento de referência. É bem administrado, conseguindo apesar das dificuldades equilibrar despesas e receitas. Cresceu em todos esses setores.
Mas e o futebol?
É o setor mais complicado, já que não existe uma fórmula pronta para o sucesso. Vários fatores interferem no resultado e nas conquistas – que vão de um bom orçamento até a capacidade do elenco montado para as competições.
Nos últimos anos o Vila Nova não teve sucesso no futebol. Segue na fila do Campeonato Goiano e no Brasileirão da Série B passou apertado nas últimas temporadas e na atual, vem realizando uma campanha bem melhor e segue na briga pelo tão sonhado acesso para elite do futebol nacional.
Estatuto
A permanência de Hugo Bravo, com a mudança da regra, na presidência do Vila Nova foi aprovada por unanimidade pelos conselheiros. São eles que podem dizer sim ou não para uma decisão de tamanho impacto, como foi a alteração no mandato.
E aí uma única crítica a toda mudança. A regra deveria ser alterada e discuta pelo Conselho Deliberativo em outro momento – lá atrás e não tão próximo do encerramento do mandato atual.
Hugo Bravo
É de reconhecer a dedicação e paixão do dirigente pelo Vila Nova. Sofre mais do que qualquer torcedor, porque além de carregar o amor pelo clube, com muitos outros, também vive os problemas do dia a dia.
O futebol te oferece em vários momentos, muitas alegrias. Mas ele te consome, te afasta da família e coloca sua imagem em uma exposição bem desgastante. Hugo vem vivendo isso desde 2020 e aceitou seguir até 2025. Sem receber, mesmo tendo direito.