Três Greves em andamento: Polícia Civil, Bancários e Correios. Cada um tem os seus direitos, todos legítimos. Qual o reflexo destes movimentos para a população e para as categorias?
Para a população greve sempre traz transtornos. Em relação a paralisação de agentes e escrivães, vários tipos de ocorrências não estão sendo registrados. Alguns casos sofrem atrasos nas investigações. Correios: atraso na entrega de correspondências. Bancários: dificuldade na realização de transações financeiras e pagamento de contas.
Para as categorias, o reflexo é desgaste. No ano passado, a greve dos trabalhadores dos Correios foi encerrada por via judicial. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou o encerramento da greve e o retorno imediato ao trabalho nos Correios. O reajuste foi de 6,5% para salários e benefícios, bem distante dos 43,7% desejados inicialmente pela categoria. A consequência: aumento longe do esperado e um mutirão para normalizar a entrega.
Também em 2012, os bancários paralisaram as atividades. O aumento salarial concedido pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) foi de 7,5%. A reivindicação final dos trabalhadores era de 10,25% nos salários. Resultado: aumento nos vencimentos abaixo do esperado e acúmulo dos serviços financeiros que ficaram parados.
Ainda no ano passado, os policiais civis também entraram em greve. Foram duas paralisações. A última durou 26 dias. A proposta era a quase a mesma deste ano. Um salário acima dos sete mil reais. Consequência: Não conseguiram aumento de salário. A proposta acordada e aceita previa apenas promoções escalonadas em três etapas e a redução no tempo de promoção de quatro para dois anos.
Para este ano as propostas não muito diferentes. O humor dos patrões (governo e iniciativa privada) não mudou tanto assim. O cenário é bem idêntico. Aumentos desejados dificilmente serão pagos, além do risco de punições, por exemplo, corte de pontos. Desta forma, compensa fazer greve?