Uma das explicações para a reengenharia nos espaços de poder do governo estadual é simples e pragmática: o governador quer abrir caminho para dois aliados na Assembleia Legislativa.
Henrique e Leréia são os nomes que o governador quer ver com mandato. Eles são suplentes e aguardam a vez de assumir um lugar na tribuna do jogo do poder.
Isto feito – mandatos assumidos -, Marconi terá cumprido dois objetivos básicos: agradar um aliado estratégico, Pastor Oídes – líder da Assembleia de Deus e sogro de Henrique – e garantir que Leréia tenha tribuna para defender o governo e se defender.
A decisão do governador nesse sentido, segundo aliados, está tomada desde que ele retornou da viagem ao exterior. Falta a execução – o que está em curso.
Pois é na ação para colocar a ideia em prática que entraria a criação da Secretaria de Habitação, por exemplo. Ou o deslocamento de um auxiliar para outra pasta.
No possível entra e sai, ou vai daqui pracolá, é que entram na dança nomes como Lissauer Vieira (PSB) e até mesmo Francisco Júnior (PSD), em outra ponta. Não o eles, naturalmente, porque especulações de bastidores não faltam.
As conversas estão em andamento. Muitas vezes, conversas truncadas, gerando desgastes internos na base. Nesses momentos de acomodações de grupos, sempre há turbulências. Depois passam.
A expectativa de governistas é que esta semana a poeira abaixe e a unidade interna volte a andar, em vez de desandar. Tudo para que o dia 30, quando o governo anunciará investimentos nos municípios, seja de festa completa.