Comentei aqui da estratégia do governador Marconi Perillo (PSDB) de enfrentar a pauta negativa da denúncia do MPF, em vez de se esconder dela.
Leia aqui:
– Marconi vai para a ofensiva, em vez de padecer no desgaste da denúncia
Ele sempre faz isso: pressionado, reage contra-atacando de alguma forma. Em vez de evitar o assunto, fala muito.
Novamente: pragmatismo.
Raciocínio que vale para o que ele foca agora, que é a sua saída do governo, daqui a exatamente um ano, para ser candidato a senador. Ele e seu nome para o governo: o vice, José Eliton.
Sair em ponto morto ou sair acelerando não é nunca dilema para Marconi, porque ponto morto é o que é: ‘morrer morrendo’, com café frio no Palácio e tudo mais.
Por isso ele vem repetindo a vários interlocutores o que soa como contagem regressiva para o fim – só tem mais um ano de mandato –, mas que é na prática chamada à tropa para a linha de frente da próxima guerra eleitoral, a de 2018.
O interesse é dele, mas é também de todos os soldados e generais. Ele precisa do mandato; aos outros, é hora de lutar para assegurar as benesses do poder.
Marconi está tão focado em falar de sua saída, que já está levando o assunto para o palanque.
Em Rio Verde, para provocar o secretário Vilmar Rocha, disse que ambos têm um ano pela frente.
Um ano. De pé na estrada, e não deitados em berço esplêndido.
A pauta está dada.
12 meses, R$ 10 milhões de investimentos.
Um ano que falta é um ano para ir pra cima – dos adversários.
Depois…
Depois é depois. Precisa desenhar?