O Brasil pegando fogo e o governador Marconi Perillo (PSDB) em movimento contínuo.
Diante do ambiente de indefinição política no País, de crise elevada a alto grau de tensão, com o PSDB nacional cobrado por ser um dos fiadores do presidente Michel Temer… Diante de tudo isso, em vez de desaparecer de cena o governador vai às bases no interior do Estado.
Na pauta, investimentos em todo o Estado por meio do programa Goiás na Frente. Música para os ouvidos de prefeitos e lideranças de municípios endividados e travados por falta de recursos.
No discurso, a mensagem de que ele está no controle da situação, ocupado com a administração, levando notícias positivas aos municípios.
Movimento calculado.
Antes disso, Marconi fez o enfrentamento da pauta negativa.
Convocou coletiva de imprensa e fez sua equipe se mexer nas redes sociais.
Tudo para tentar minimizar, principalmente, a citação ao seu nome na delação de um diretor da JBS, e assim ter um discurso para sustentar.
Nesse ambiente, o desgaste e uma resistência combativa (reclamações crescentes) que ganhavam espaço no meio político, vai se transformando aos poucos em quase silêncio dos agentes políticos. E até em esboço de defesa enviesada, tipo ‘pelo menos ele está tentando fazer algo, e precisamos de algo’.
Em todos os anos anteriores ao de eleições estaduais, Marconi Perillo fez movimentos parecidos. Sempre de reação, depois de um período de ações duras e desgaste na imagem, processo natural quando há aperto nas torneiras e ajuste nas contas públicas.
Agora, o processo se repete, como se repetem os adversários, que se concentram em criticar o que ele faz, sem fazer algo mais em contraponto que se apresente aos descontes como alternativa concreta.
Algo que diferencia Marconi em relação aos seus opositores é isto: na alegria e na tristeza, ele não para, não se acomoda. Ele segue. Não se perde em zonas de conforto ou de desconforto.
Tem dado certo, já que vem ganhando eleições seguidas. Agora mesmo, nessa movimentação toda, ele carrega junto o seu candidato a governador, o vice José Eliton.
Eliton está em campanha aberta, agindo como governador (o que será, segundo Marconi, a partir de abril que vem), e se apresentando como um vice operoso, focado em soluções para os prefeitos.
Isso não vai dar certo, porque os tempos são outros etc? Pode ser. Como pode não ser.
Pior está quem tem como única estratégia a aposta no insucesso alheio. Contra esses é que está fincado o sucesso do projeto de poder ‘Marconi em Frente’. Esse que está em movimento contínuo.