O Goiás Esporte Clube anunciou no início da temporada que voltaria a ser o protagonista do futebol goiano. Uma peça publicitária foi divulgada nas redes sociais e enaltecia os feitos e a grandeza do Verdão: “O maior. O mais vitorioso. O mais temido tem nome”. A intenção era resgatar o orgulho de ser esmeraldino, porém o desanimo da torcida apenas aumentou com mais uma decepção no Campeonato Goiano.
Marketing e Comunicação fizeram sua parte, porém o futebol ficou muito longe de entregar um time vitorioso e como a peça publicitária destacava. Faz tempo que o clube alviverde não conta com um elenco próximo que o torcedor espera. Perdeu espaço nacionalmente e não é mais a equipe temida no cenário estadual.
No Campeonato Goiano o Goiás foi o quarto colocado, não venceu nenhum clássico diante dos grandes rivais – perdeu para Vila Nova e Atlético na Serrinha. Não fez nenhuma partida convincente na competição e nenhum dos inúmeros reforços contratados, conseguiu corresponder as expectativas. Tadeu foi o artilheiro do time no estadual – uma prova de que o Goianão foi desastroso.
Mas… e agora?
Vem aí o Campeonato Brasileiro e os grandes jogos não serão contra Flamengo, Palmeiras, Botafogo, Internacional, Cruzeiro, São Paulo… Para o Goiás em mais uma temporada a briga será na Série B diante de Amazonas, Operário, Avaí, Chapecoense, Athletico-PR, Remo, Criciúma… e os rivais Atlético e Vila Nova.
A grande preocupação não são os adversários na briga pelo acesso para elite do futebol nacional, mas sim quem estará no comando do futebol. Lucas Andrino que foi uma aposta contratada em 2024, falhou na montagem de dois trabalhos. Ficou pelo caminho no Brasileirão e agora no Goianão.
Perdeu prestígio no final do ano passado, quando deixou de ter autonomia no departamento. Queria a permanência de Vagner Mancini, porém teve que engolir Jair Ventura. Na hora da montagem do elenco, deixou de ser a única voz. Hoje existe um colegiado: formado por ele – Jair Ventura e Eduardo Pinheiro.
Quem disse isso foi o próprio Jair Ventura em sua apresentação no Goiás. São três profissionais que analisaram o mercado e avançaram em contratações como a do atacante Edson Carioca, que assinou contrato de três anos, mesmo com um currículo de 15 gols em seis temporadas na carreira. Foi apenas um dos absurdos cometidos na montagem do elenco.
Sem autonomia no cargo, Lucas Andrino não é o principal culpado pelo fracasso do Goiás neste início de temporada. Jair Ventura que é um excelente técnico para clubes do porte do Verdão, faz um trabalho horrível. Mesmo com um time limitado, o técnico poderia realizar um trabalho bem melhor. Com fez Mancini no Campeonato Brasileiro.
Mas… e o CEO?
A saída de Luciano Paciello que não teve uma explicação por parte do clube, que é pouco transparente tem algumas atitudes – se mostrou apenas um movimento político interno. A função dele não era contratar jogadores, como não é a do atual CEO – Leonardo Pacheco – que não é pressionado mesmo com os resultados de campo. Só que pelo estatuto é ele que precisa liderar qualquer mudança no dia a dia do Goiás, mas tem a consciência que entre suas funções não está o futebol.
Mas… quem manda?
Não existe resposta para essa pergunta. O Goiás é um clube sem uma liderança, mas internamente é cheio de donos – pessoas que fantasiam essa condição e que só aparecem quando os ventos sopram a favor. Neste momento de turbulência… estão todos escondidos, abraçados as suas convicções que se mostraram errôneas.