Ao longo de seus 81 anos o Goiás Esporte Clube sempre teve um esmeraldino na cadeira da presidência. Nesta oito décadas a agremiação que era a quarta força do estado, se tornou o maior do Centro-Oeste. A torcida conhecida como 33, se transformou em milhares.
Hailé Pinheiro foi o maior dirigente ao longo de toda essa caminhada e o Goiás alcançou vários feitos: Foi o primeiro time goiano a disputar o Campeonato Brasileiro, finalista de Copa do Brasil e Sul-Americana, chegou a ficar em uma 3ª posição na Série A – além de se tornar o clube com maior número de títulos no Goianão.
Só que não foi o suficiente para satisfazer os desejos dos seus torcedores. Que estão corretos de sempre querer mais. O futebol é assim… Só olharmos o exemplo do maior clube do mundo, que é o Real Madrid – que não está satisfeito com os feitos alcançados e vive buscando mais.
Os sonhos dos torcedores não foram atingidos com um esmeraldino na cadeira da presidência e agora o Goiás com a mudança no final de 2023 em seu estatuto – que foi aprovado por conselheiros – tem um CEO (Chief Executive Officer) no seu comando. Um nome aprovado pelos dirigentes foi o de Luciano Paciello – que certamente tem sua preferência clubística, que vem de sua infância e que não é pelo Goiás.
Ele não sofre uma derrota ou se desespera por uma fase ruim do Verdão, como um torcedor de arquibancada. É óbvio que ele vai sentir e lamentar resultados negativos, mas sua visão é extremamente profissional. O Goiás é seu emprego.
O bate-papo com profissionais de imprensa e as midias esmeraldinas, organizada pelo Goiás, que acabou virando uma entrevista coletiva, foi um reforço desta nova formatação administrativa do clube. Se será bom ou ruim, só o tempo vai dizer. Mas acredito que todos concordam que era necessária a profissionalização.
A desconfiança de que Edminho Pinheiro – Presidente do Conselho Deliberativo – é o homem atrás de Luciano Paciello, sempre vai existir. O torcedor sempre vai precisar direcionar para alguém suas frustrações. Confesso que lá início tinha a mesma impressão, mas enxergo de uma outra forma no momento.
A bola é do Paciello e com ele a esperança dos esmeraldinos por dias melhores. De torcer por um clube de Série A de Brasileirão, que vai brigar por vagas em competições internacionais, que poderá fazer grande contratações e principalmente conseguir recuperar seus status de gigante do Centro-Oeste.
Insatisfação
Conversando com alguns conselheiros (tenho contato com poucos), reclamam do modelo que aprovaram. Meu companheiro Teo José, também revelou que muitos vão atrás dele também para desabafar.
A resposta dele é a minha. Vocês aprovaram o estatuto, escolheram o modelo e agora paciência. Só o futuro vai dizer se o caminho foi o certo.