A movimentação da torcida do Goiás Esporte Clube para decisão da Copa Verde diante do Paysandu, merece aplausos. Fantástica a demonstração de carinho incondicional dos esmeraldinos que atravessam o pior momento das últimas décadas. Um período em que o Verdão vem acumulando vexames e não se mostra incomodado com essa nova realidade.
O envolvimento dos esmeraldinos que lotaram o Serra Dourada na Copa Verde, foi uma demonstração de que a torcida – mesmo machucada – segue viva e querendo o Goiás que era uma referência para o futebol do Centro-Oeste de volta aos seus grandes momentos.
A torcida é o que sobrou daquele Goiás imponha respeito e que era uma pedra no sapato dos gigantes do Brasil. A distância para Flamengo, Palmeiras, Corinthians e outros – é muito maior nos dias de hoje. Por outro lado times que estavam atrás, ultrapassaram e hoje estão maiores que o clube alviverde.
Nos últimos anos o cenário político é confuso. O estatuto na vale para nada, porque sendo certo ou errado, não é seguido. Tudo isso atinge outro setores da agremiação. Sua estrutura de centro de treinamento, ficou no passado e hoje perde para Vila Nova e Atlético – rivais que cresceram e hoje tomaram o protagonismo esmeraldino.
Mas não foi o crescimento de outros clubes que deixou o Goiás estacionado. O cenário que machuca o torcedor é um fogo amigo. O Verdão está se ‘apequenando’ por erros internos, falta de gestão e principalmente de liderança.
Jogar a culpa no Lucas Andrino, nos técnicos contratados, no Edson Carioca, Messias ou Marcão… é fazer uma análise superficial do problema. A questão é mais profunda e infelizmente para o torcedor que segue apaixonado, o futuro é de incerteza – já que dirigentes e conselheiros parecem inertes a essa nova versão do Goiás.