04 de setembro de 2024
Publicado em • atualizado em 11/01/2018 às 13:09

Goianos precisam mudar mentalidade e valorizar as grandes revelações

Foto: Divulgação Trindade Atlético Clube
Foto: Divulgação Trindade Atlético Clube

Pela primeira vez o nosso futebol consegue colocar quatro equipes na 2ª Fase de uma edição da Copa São Paulo de Futebol Júnior. É um fato para ser enaltecido e muito elogiado.

No pior cenário teremos um representante na 3ª Fase, já que o destino colocou frente a frente – Goiás e Trindade. Essas duas equipes se enfrentaram na decisão do Campeoanto Goiano Sub-19, com o Verdão levantando o troféu.

O Vila Nova foi o único que avançou com 100% de aproveitamento, três vitórias e atuações que mereceram elogios de quem acompanha de perto os garotos do Onésio Brasileiro Alvarenga que viajaram para São Paulo com os desfalques de Lucas, Batata, Rodrigo e João Pedro que subiram para o profissional, mesmo com idade para poder participar da competição em 2018.

Comandado por Danilo Portugal, o Atlético Clube Goianiense passa nas últimas temporadas por uma reformulação e o discurso de que o manda chuva do futebol, Adson Batista, não gosta de categorias de base vai mudando. Motivos para isso ele tem, veja a situação de Luiz Fernando que rendeu ao rubro negro um valor importante para o equilibrio das contas.

O Trindade terminou a fase de classificação invicto e avançou em um grupo que tinha o Grêmio. O Tacão empatou com os gaúchos e o União Mogi – na última rodada goleou o Bragantino. O time quem participa da sua segunda edição da Copa São Paulo, é liderado por Rafael Miranda – um técnico que faz um excepcional trabalho na base. Ele tem um olhar especial para capacitação de talentos e já deveria ter sido visto de forma diferente pelos grandes da capital.

E é esse Trindade que o Goiás Esporte Clube terá que encarar no mata-mata. Uma pena, já que um deles vai ficar pelo caminho. Chegar até a decisão como em 2013, talvez seja um sonho bem distante, porém o Verdão do técnico Augusto César tem alguns talentos que possam fazer a diferença. O principal deles é o meia Thalles que já está no profissional desde 2016.

Thalles merecia uma sequência de jogos no time principal como teve Jean Carlos e Tiago Luís em 2017. Espero que Hélio dos Anjos possa dar espaço para Jefferson como tiveram Carlinhos e Paulinho. Entre os volantes tem o Rezende que pode apresentar mais do que Victor Bolt e Pedro Bambu – difícil não será.

O Vila Nova tem uma enorme dificuldade de fazer a transição base para o profissional. Enquanto Goiás e Atlético conseguiram valorizar Carlos Eduardo e Luiz Fernando, o Tigrão mesmo tento um ano melhor, não valorizou ninguém da suas promessas. Muito pelo contrário, liberou o meia Éverton praticamente de graça para um empresário e abriu mão do Marcos Paulo que foi artilheiro em todas as categorias – a desculpa: É que ele dava muito trabalho fora de campo. Éverton e Marcos Paulo não mereciam oportunidades como foram concedidas para PH e Tiago Adan?

Olho neles

Atlético: Atacante Cristian, lateral direito Lucas, volante Zé Augusto e o meia Pablo.

Goiás: Meia Thalles, zagueiro Iago, volante Pedro Vítor e os atacantes Samuel e Vinícius.

Vila Nova: Atacante Philippe, goleiro Léo Lang, zagueiro Nicolas, volante Éder e o meia Hurick.

Trindade: Atacantes Sassá e Gustavo – meia Wallyson.