22 de novembro de 2024
Publicado em • atualizado em 01/09/2023 às 09:30

Goiânia não merece eleger barata-voa

Foto: Banco de Imagens do Canva.
Foto: Banco de Imagens do Canva.

O fato de Iris Rezende estar no centro das conversas para a eleição de 2024, em Goiânia, tem a ver com política e gestão. Com as duas coisas juntas e inseparáveis.

Política porque a sua herança é de diálogo amplo, de alguém acima das miudezas que cercam as tentativas de alianças centradas na divisão do bolo (a cidade) e não na construção da cidade (o bolo).

Gestão porque a cidade que temos foi moldada por ele, principalmente, ao longo do tempo. E natural que ela seja repensada, ou ainda, pensada e posicionada para os próximos anos. É a dinâmica da vida.

Quem tem a grandeza de reunir os que mais querem o bem de Goiânia do que de si mesmos? Quem tem condições políticas e de representatividade na sociedade para liderar, sem ser atropelado pelos pequenos vícios do pragmatismo político de resultados pessoais?

Quem consegue reunir e dar posse – sim, como integrantes do governo municipal – a uma equipe que tenha visão política e pegada técnica? Iris não costumava lotear a gestão, e tinha pleno domínio de suas ações. Ele era o maestro da orquestra.

Ter o simbolismo, a experiência, a sabedoria e a autoridade de Iris não é algo que se construa da noite para o dia. Mas é preciso buscar mais do que uma referência a ele. É preciso que se trabalhe no sentido de eleger uma gestão que seja maior que as disputas de grupos por espaços de poder.

E quando se diz Iris, por referência máxima, também se pode mencionar nomes como Nion Albernaz e Darci Accorsi, de grandeza e importância fundamental para a Goiânia de hoje. É mirar no alto, e não embaixo, o que seria um reles e mortal tiro no pé.

Goiânia tem futuro. Mas esse futuro depende de nós. Não cai do céu. E o Iris que a cidade merece não é esse usado para encantar – eu disse enganar? – a população como estratégia de marketing; é o da mais pura e realizadora realidade, aquele que se fazia nas ruas, e não nos palanques.

Ser Iris para Goiânia é o futuro, o que não significa usar o seu nome em vão na campanha. É ter Iris como ponto de partida, e ir além. As imitações baratas são só isso: ou imitações, ou baratas. O mundo tá cheio de barata-voa.

Vassil Oliveira

Jornalista. Escritor. Consultor político e de comunicação. Foi diretor de Redação na Tribuna do Planalto, editor de política em O Popular, apresentador e comentarista na Rádio Sagres 730 e presidente da agência Brasil Central (ABC), do governo de Goiás. Comandou a Comunicação de Goiânia (GO) e de Campo Grande (MS).