No seu caminho de casa para o trabalho, escola ou faculdade, é normal passar por diferentes lugares. No meio da cidade, monumentos que ali parados expressam algum significado, mas que a gente na correria do dia a dia não dá tanta importância assim, ficam despercebidos em meio a tantas paisagens.
Neste mês em que Goiânia completa 81 anos de existência, venho fazendo diferentes publicações, mesmo que de forma superficial venho procurando apresentar a você leitor, um pouco da história da capital, principalmente a partir de elementos do cotidiano como cinemas, pontos de origem da cidade como praças e monumentos que estão nestas praças.
Hoje quero apresentar dois monumentos que estão em pontos bem localizados na cidade. O primeiro deles é o Monumento aos Mortos e Desaparecidos na Luta Contra a Ditadura Militar, localizado na Avenida Assis Chateaubriand, no Setor Oeste, próximo ao Bosque dos Buritis. O segundo é uma escultura chamada Dedos de Deus que faz parte do Museu a céu aberto da Praça Universitária.
Vários pontos históricos de nossa capital não contam com identificação adequada, por exemplo, chegue ao museu a céu aberto da Praça Universitária e observe não há placas identificando nomes das obras, o que é um erro, pelo menos pra mim. Por Goiânia afora, há vários bustos em praças, mas não há nada explicando quem foram àquelas pessoas e o que significa aquele busto no lugar em que foi assentado.
Como forma de colaboração, venho então trazer algumas informações sobre as obras citadas.
Monumento aos Mortos e Desaparecidos na Luta Contra a Ditadura Militar:
A escultura em formato de esfera foi inaugurada no dia 27 de agosto de 2004. A obra executada pela Prefeitura de Goiânia homenageia goianos mortos e desaparecidos políticos dos anos de 1968 e 1969, a exemplo de Honestino Guimarães.
Cada gomo da esfera representa uma vítima do regime militar, e havia um dispositivo do qual escorria água, representando as lágrimas derramadas pelos familiares.
Dedos de Deus:
A obra faz parte do museu a céu aberto na Praça Universitária. O complexo foi formado por diversas peças que desde o ano 2000 estão em exposição permanente, à disposição da população.
A ideia do museu partiu de Célia Câmara, esposa de Jaime Câmara, um dos fundadores do Jornal O Popular, em 1938.
Célia Câmara morreu em 1998, mas foi uma mulher que contribuiu para o fomento cultural de Goiânia. Nos últimos anos de vida, sugeriu a um grupo de artistas que fizessem exposições de esculturas a céu aberto, para que todos tivessem a oportunidade de ver e conhecer.
Foi feita uma exposição na Praça Tamandaré, no Setor Oeste e daí veio a ideia de deixar de forma permanente em uma praça da cidade. O local mais adequado foi a Praça Universitária.
Vários artistas se reuniram e cada um teve a oportunidade de construir uma peça, utilizando o material que achasse mais adequado. O Museu comporta 26 esculturas e 2 painéis.
Cada peça apresenta significado diferente. Dedo de Deus foi feito por um senhor chamado Hélio Miranda. Esta foi inclusive a única obra dele.
As informações são de que Miranda passou a dedicar a vida dele a atividades religiosas. Na obra dedo de Deus ele se intitulou como Homem de Deus.