O desligamento de Marcelo Segurado foi justificado como uma decisão para diminuir gastos no Goiás Esporte Clube. O executivo de futebol, contratado durante o Campeonato Brasileiro 2020, teve outra interpretação. Ele considera que foi fritado na Serrinha.
Segurado concedeu uma entrevista ao Diário de Goiás e foi questionado a respeito de vários assuntos e citou pontos que ajudaram a levar o Verdão ao rebaixamento para Série B do Campeonato Brasileiro.
A montagem do elenco certamente foi o principal. Ele também citou o descomprometimento de jogadores, péssima preparação física, além de decisões equivocadas da comissão técnica.
Se analisarmos os outros rebaixados no Brasileirão, a situação foi a mesma e o conceito é simples – quem não tem competência não se estabelece.
A gestão de Marcelo Almeida não teve competência para gerir o futebol e apesar da responsabilidade da caneta ser do presidente, as decisões eram de um grupo de dirigentes de confiança do presidente, que mostraram pouco conhecimento com a pauta futebol e as contratações necessárias para montagem de um time competitivo.
Vai mudar?
As decisões continuam sendo compartilhadas no Goiás. Por um universo menor de pessoas e a decisão final é do presidente Paulo Rogério Pinheiro.
Um modelo que dificilmente vai dar certo. É preciso uma pessoa que conheça de futebol, com carta branca para tomar essas decisões e sendo vigiada para não gastar mais do que pode, para trabalhar dentro do planejamento.
Pessoas invisíveis
Na entrevista ao Diário de Goiás Marcelo Segurado tocou em um assunto que poucas pessoas no futebol mostram preocupação. As pessoas que trabalham no dia a dia do clube, que não tem na visão geral a mesma importância dos jogadores e técnicos.
Futebol na pandemia foi ‘pão e circo’, como disse o dirigente. Ele tem uma visão certeira dos acontecimentos. “Quantos funcionários do staff, comissão técnica, roupeiro, massagista que geral são mais antigos, quantos desses morreram?