Júnior Friboi e Vanderlan Cardoso rodaram, rodaram e finalmente dão a entender que vão fincar âncora, o primeiro no PMDB e o segundo, no PSB.
Como início de outubro é o limite de filiação para quem quer ser candidato no ano que vem, é razoável acreditar que não terão tempo de mudar de partido.
E, se mudarem de novo, imagino que cairão definitivamente no descrédito. Esse movimento ziguezagueante uma hora deixa de ser esperteza para ser carimbado como oportunismo. E só.
A hora para eles é outra. De apresentar ideias, propostas, alternativas. Coerência, acima de tudo. É a hora de dizerem a que vieram.
Por muito tempo, os dois têm apresentado discurso de que podem fazer mais e melhor do que Marconi Perillo (PSDB) e Iris Rezende (PSDB). Ou que qualquer outro nome estabelecido na política goiana – os velhos, ultrapassados, de biografia manchada, no (querer) dizer deles e de muitos que os cercam.
Certo. Mas podem fazer o quê?
Friboi e Vanderlan, até agora, nada mostraram que qualquer outro político do Estado não tenha apresentado, ao menos na teoria, como eles. Na prática, eles têm mesmo é mostrado menos. Porque são uma promessa que não estabelece. Um ponto que não se inicia nunca.
O fato de ambos serem empresários não os desmerece. Mas tratar a política como negócio de ocasião, sim. É o que dá espaço para os adversários alimentarem o discurso, aí sim, de que por serem empresários só pensam… naquilo!
E o que os qualifica?
Vassil Oliveira
Jornalista. Escritor. Consultor político e de comunicação. Foi diretor de Redação na Tribuna do Planalto, editor de política em O Popular, apresentador e comentarista na Rádio Sagres 730 e presidente da agência Brasil Central (ABC), do governo de Goiás. Comandou a Comunicação de Goiânia (GO) e de Campo Grande (MS).