O Goiás Esporte Clube nunca gastou tanto em um Campeonato Brasileiro da Série B. Dinheiro em nenhum momento foi problema na Serrinha na atual temporada. Bons salários, estrutura de primeira linha, logística e uma premiação histórica para conquista do acesso para elite do futebol nacional.
Dono de um dos maiores orçamentos da competição, o Goiás iniciou o Brasileirão com um acordo de aproximadamente R$ 3 milhões para o elenco – pelo acesso para Série A. Esse valou aumentou para R$ 5 milhões no 2º Turno e chegou na reta final em R$ 10 milhões. A informação foi divulgada pelo repórter André Rodrigues (Rádio Band News), antes da bola rolar para partida decisiva contra o Remo, que terminou com a vitória de virada da equipe paraense, que conquistou o seu acesso.
Para muitos clubes, a questão financeira é o grande problema. Orçamento pequeno e aí vem a falta de dinheiro para contratação de bons jogadores, para o pagamento dos salários em dia, para estrutura e uma premiação que seja convincente para o elenco buscar os objetivos traçados.
Só que quando você tem muito dinheiro e nos dois últimos anos foi o caso do Goiás, você tem mais poder do que os adversários. Mas é preciso saber usar e o clube esmeraldino abusou do direito de errar e jogou mais de R$ 100 milhões no ralo. Não conquistou nada e viu seu caixa ficando vazio mês após mês. Tanto que foi preciso buscar um empréstimo de R$ 25 milhões para fechar o ano e ter condições de iniciar 2026.
Os investimentos foram em sua maioria para o futebol e observamos um show de erros. Contrataram Lucas Andrino, que não tinha trabalhado em clubes do tamanho do Goiás. Foi uma aposta que tinha tudo para dar errado… e deu. Ele com o aval dos Conselho Deliberativo e Administrativo, foi contratando jogadores de qualidade duvidosa, muitos deles recebendo muito e que não conseguiram segurar o rojão.
O gasto médio no departamento de futebol do Goiás foi de R$ 8 milhões neste ano. O saldo foi um quarto lugar no Campeonato Goiano, derrota na decisão da Copa Verde para o Paysandu no Estádio Serra Dourada lotado e um vergonhoso 6º lugar como resultado final na Série B do Campeonato Brasileiro. Pouco para realidade financeira alviverde e principalmente para grandeza da agremiação.
Só que alguém contratou o Lucas Andrino, que contratou o elenco, que entrava em campo e mesmo quando liderava a competição – passava confiança para o torcedor. Por isso jogar a culpa em um grupo de jogadores com grandes limitações técnica, é uma análise que considero superficial. Eles jogaram o que davam conta. A omissão não foi deles.
São os dirigentes do Goiás: Conselho Deliberativo e Administrativo, os verdadeiros responsáveis pelo insucesso do Goiás que escreveu um dos capítulos mais vergonhosos de sua história. Deixou escapar um acesso que estava na mão e por consequência levou o clube a um caos financeiro.
Existe um temor gigantesco por 2026. O Goiás não terá dinheiro como nos últimos anos e o cenário de incertezas, traz apreensão as pessoas dentro do clube e principalmente ao torcedor esmeraldino.

