A dura ação (Ou agressão) da Guarda Civil da prefeitura de Goiânia contra os professores municipais na noite de quarta, 26, provocou uma imagem negativa para a administração de Iris Rezende. Logo após a ocupação feita pelos profissionais, à tarde, faltou à gestão mais habilidade para o enfrentamento da situação que não fosse o uso da força.
A Guarda de Goiânia não tem tanta experiência no enfrentamento dessas situações críticas, ao longo de usa história. Ao final, ela entregou exatamente o que a liderança dos professores municipais ligados ao SIMSED queriam: um caso de ampla repercussão social e amplificação da solidariedade da opinião pública a favor da categoria.
As imagens da professora com um furo na perna, a expressão de professoras acusando a Guarda de agressão, de forma enfática, foram fortes.
Apesar do grave erro cometido no confronto (Ou agressão), o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, deu apoio para a ação da Guarda: “Que prefeito seria eu, deixando invadir, sem motivação, uma secretaria municipal?”.
Em síntese, apoiou a ação da Guarda, ao invés de apoiar investigação para apurar se houve ou não um excesso. Mas, seria uma consequência inútil, diante da repercussão do fato.
A prefeitura tinha o caminho da recusa de qualquer negociação diante da ocupação, ou poderia buscar uma ação judicial para o respeito ao direito de posse, mas o caminho da força foi escolhido como a primeira opção.
Foi um erro, desde o começo. E, se alguém tivesse morrido?
Altair Tavares
Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .