Informa a coluna Giro, de O Popular desta quinta-feira (9), que “a orientação no núcleo do governo é de não colocar mais gasolina no fogo” que nos últimos meses acendeu a discórdia na base aliada.
Para uns, o fogo foi ateado por PSD e PSB, com declarações que desagradaram ao governador de Goiás, Marconi Perillo, e ao seu vice, José Eliton (ambos do PSDB).
Para outros – principalmente líderes das duas legendas -, a razão foi outra: o anúncio já agora da candidatura de Eliton ao governo como projeto de todos, sem que todos tenham sido ouvidos.
Por isso, quando Vilmar Rocha e a senadora Lúcia Vânia ponderaram que seus partidos podem lançar candidatos ao governo, soou como heresia para os tucanos.
O clima de ruptura chegou a preocupar muita gente do governo. Mais ainda quem é ligado às legendas e tem cargos no governo. O desembarque de PSD e PSB do governo não seria algo simples. Para todos os lados envolvidos.
Na prática, PSD e PSB fizeram o óbvio ao falar que podem lançar candidatos. É um discurso protocolar até todo partido mostrar-se ambicioso e pronto para passos grandes.
Também na prática, o abalo de relações é mais onda do que tempestade.
Há várias disputas em curso. Pela candidatura de governador, de vice, de senadores e deputados. Nesse ambiente, as cotoveladas acontecem e vão continuar acontecendo. Até o momento em que os espaços serão divididos.
Claro, nesse processo pode ser que aconteça uma ruptura. Aliás, pode ser que aconteça muita coisa – assunto que já foi abordado aqui.
Por enquanto, mais do que apostar em rompimento definitivo da base aliada, talvez o mais objetivo seja prestar mais atenção nas intenções e objetivos de cada jogador, para que se possa ter a devida medida do que realmente está acontecendo.
Ah, sobre o tal fogo baixo.
Fogo, em política, sobe e baixa toda hora. A lenha é farta.
A tensão deve ficar no dono do fósforo, que costuma ser também o dono do extintor.