Oposicionistas fazem barulho, com pré-candidaturas postas nos últimos dias. O governador também se mexe, chama a atenção. 2014 antecipado de forma inequívoca.
O único que se conteve nesses últimos dias foi o vice-governador José Éliton. Ele está em movimento, literalmente, com agenda nos municípios. Agenda de candidato. Mas é o mais contido.
O palanque de Éliton está sendo armado. A filiação dele ao PP, marcada para a tarde do dia 6 de junho, será um evento de pompa e circunstância. Como convém a quem passa a pertencer a um partido com história no Estado e quer continuar no jogo, ou como vice, ou, quem sabe, como governador candidato à reeleição.
Éliton tem trabalhado de forma calculada. Pertence hoje a um grupo que pensa estrategicamente, tem força econômica e política e está focado no Poder.
Para quem não tem experiência na vida política, ele está agindo como, digamos, ‘macaco velho’. Constrói as bases para um projeto.
Caso Marconi deixe o governo, ele assume e é candidato à reeleição. Se não deixar, ele está calçado para tentar manter-se na chapa como vice. E ainda pode ter outra carta na manga. Por aí.
Não quer dizer que sua estratégia vai dar certo. Quer dizer que, a parte dele, está sendo feita. O resto é política.
Vassil Oliveira
Jornalista. Escritor. Consultor político e de comunicação. Foi diretor de Redação na Tribuna do Planalto, editor de política em O Popular, apresentador e comentarista na Rádio Sagres 730 e presidente da agência Brasil Central (ABC), do governo de Goiás. Comandou a Comunicação de Goiânia (GO) e de Campo Grande (MS).