Após a conclusão das apurações da Operação SOS SAMU pelo Ministério Público de Goiás, na qual, por meio do pagamento de propinas, alguns servidores são acusados de encaminhar pacientes que tivessem planos de saúde a determinadas UTIs, fraudando a regulação dos leitos, o secretário de Saúde da capital, Fernando Machado, comentou o assunto e destacou a vereadores da capital que foi bastante exposto.
“Eu tive uma exposição absurda nesta investigação toda. O dano moral que ficou é irreparável. Não fui citado, não fui denunciado, não estou entre os réus. Mas a pessoa fica com aquela imagem que saiu, o Ministério Público trabalhou com muito cuidado. Eu acho que tomaram as medidas pertinentes ao caso. Às vezes fica a questão negativa que a pessoa tem que saber lidar”, destacou.
Foram indiciadas 31 pessoas. Elas responderão processo judicial. Durante prestação de contas para integrantes da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Goiânia, o secretário destacou que não virou réu no processo, mas que foi exposto e que houve desgaste.
A época, a esposa do secretário, a médica Vanessa Gomes Maciel, sócia da Organização Aparecidense de Terapia Intensiva LTDA (Oati), teve o nome citado durante as análises, já que empresa foi investigada na operação. Fernando Machado foi acionista da Oati até 2014. Entretanto, naquele ano, passou a sociedade para a esposa. Ele disse na oportunidade que o fato de a esposa ter cotas de uma empresa de UTI não configura participação do casal em qualquer ato ilícito. Salientou ainda que as cotas foram adquiridas antes dele se tornar secretário.
A esposa de Fernando Machado não foi indiciada pelo Ministério Público de Goiás. Em relação a providências na direção do SAMU Goiânia, Fernando Machado disse que durante todo o processo várias situações foram tomadas.
“Grande parte das 31 pessoas denunciadas são vinculadas a Secretaria de Saúde. Quem é servidor público foi afastado das funções, se mantém afastados do SAMU. Aquelas pessoas que não foram denunciadas, voltam para as atividades no SAMU, as que foram denunciadas vão ter oportunidade de trabalhar em outras áreas que não sejam no SAMU. O serviço do SAMU logo que houve o início da investigação, fizemos a troca de todo o SAMU. Agora estamos monitorando isso mais de perto”, explicou.
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