29 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 12/02/2020 às 23:41

Fato novo ou repetição?

Os dados das pesquisas eleitorais de 2010 e de 2014, até três semanas da eleição, mostram como há uma “imutabilidade” das posições de Marconi Perillo (PSDB), Iris Rezende (PMDB) e Vanderlan Cardoso (PSB), na mente do eleitor, considerando o primeiro turno.

Na análise deste ponto de vista é essencial recuperar os números das pesquisas eleitorais de 2010. No meu Blog, no Diário de Goiás, publiquei recentemente, uma síntese das pesquisas do Grupom em relação ao primeiro turno da eleição passada.Antes, observemos a última rodada da pesquisa Grupom (divulgada no dia 12/09/14) que mostra, na estimulada, o governador e candidato à reeleição com 41,5%, Iris com 24,8% e Vanderlan com 11,3%.

Assim, há uma diferença de 16,7 pontos percentuais entre o primeiro e o segundo colocado.Em 2010, Perillo tinha, neste mesmo periodo, 46,2% enquanto o peemedebista tinha 31,4% (diferença de 14,8%). Cardoso alcançava o índice de 12,6%, portanto, praticamente o mesmo que tem na eleição de hoje, no mesmo período da eleição passada, por volta de 11 de setembro. 

Qual a hipótese para a análise da relação entre estes numeros? A primeira, e mais objetiva, é de que a faixa do eleitorado que tem sintonia com Marconi Perillo continua com ele e os afinados com Iris Rezende também continuam com o peemedebista.A hipótese indicia, então, que toda eleição entre eles vai ter o mesmo resultado que a história contou em 2010? A resposta é: não há condições objetivas para sustentação desta afirmação.

Mas, é provável que aconteça.Por outro lado, é recorrente a avaliação de que só um fato novo, muito extraordinário, poderia mudar a sequência de resultados com a tendência de liderança de Marconi Perillo no primeiro turno e provável eleição no segundo.Há condições políticas que as pesquisas confirmam e que, também, sustentam a atual situação das campanhas políticas para o governo de Goiás.

O cenário geral da estratificação das pesquisas mostra que Perillo tem maior prestígio no interior e Iris na capital. O fato aconteceu em todas as eleições que o atual governador ganhou de seus adversários peemedebistas. Hoje, a única diferença é a presença do candidato Antônio Gomide (PT) que angaria mais prestígio em Anápolis e anula, parcialmente, a votação de Perillo. No entanto, a realidade das pesquisas indica, até agora, que o petista não conseguiu fôlego para passar para o segundo turno. Então, o eleitor de anapolino não terá esta pressão para decidir ao final do pleito.

Por fim, se a imutabilidade prevalecer, o processo eleitoral caminha para o quarto mandato de Perillo. Mas, ressalte-se, o improvável pode acontecer. Por isso, é preciso aguardar a história das próximas semanas.
 
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Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .