Na última quinta-feira (18), a Vila Cultural Cora Coralina inaugurou a exposição individual “Retratos Relatos”, da artista carioca Panmela Castro, reconhecida nacional e internacionalmente por seu ativismo em relação aos direitos das mulheres e contra a violência.
A mostra reabre a grande sala da unidade de cultura que ficou quase três anos fechada, durante o período crítico da pandemia, e que passou por uma readequação na iluminação.
Serão expostas pinturas e fotografias, criadas a partir de relatos de mulheres brasileiras, sobre casos de violência doméstica, além de outras formas de abusos.
Durante a juventude, a artista sofreu com violência doméstica e fundou a Rede Nami, organização que usa as artes para promoção dos direitos das mulheres e o combate a abusos e violências. “O objetivo é que essas moças não passem por situações ruins como a que passei”, explica a artista.
Foi a partir dos relatos e depoimentos colhidos nas experiências com a Nami que Panmela deu início a série que compõe a exposição “Retratos Relatos” – composta por dezenas de histórias não só sobre abuso contra a mulher, mas também sobre direitos das mulheres, racismo, violência institucional, maternidade, transição de gênero, etarismo e a situação feminina durante a pandemia, com o acúmulo de funções do trabalho remoto e a responsabilidade pelos cuidados da família.
Pollyana Cicatelli
Jornalista e assessora de imprensa com pós-graduação em Comunicação Organizacional. Responsável pela editoria de cultura / diversão e colunista de turismo no Diário de Goiás. * Contato e sugestão de pauta: [email protected]