Cuca comandou o Goiás Esporte Clube em 2003. Aqui ganhou projeção liderando o time que contava com Grafite, Dilmba e Araújo. Seguiu uma carreira considerada vitoriosa em outros times. Conquistou Libertadores, Brasileiro, Copa do Brasil e Estaduais.
Treinou depois da passagem pelo Verdão, gigantes como São Paulo, Palmeiras, Santos, Botafogo, Flamengo, Atlético Mineiro, Fluminense e Cruzeiro. Chegou a ser cotado para dirigir a Seleção Brasileira.
Em todo esse período já existia a condenação por estupro de uma adolescente de 13 anos, na Suíça – quando era jogador do Grêmio. Muitos sabiam e pouco abordaram o tema.
‘Os tempos eram outros’, alguém vai dizer. Só que a barbaridade de um estupro não tem época. Cuca e outros três jogadores do Grêmio, em 1987, cometeram uma atrocidade que foi ‘esquecida’ por décadas.
‘Os tempos são outros’, por isso a pressão atravessada pelo profissional, que terminou com um pedido de demissão, passa a ser algo tão necessário nos dias de hoje.
A imprensa errou ao passa por cima e não explorar o tema em outros momentos. Eu, como profissional, aqui na crônica esportiva goiana, ERREI.
Deveria, porque tinha conhecimento do assunto, questionar o técnico sobre o episódio do passado. Entender porque o Goiás contratou Cuca em 2003, mesmo tendo conhecimento do crime praticado.
Cuca nunca pagou pelo estupro da jovem suíça.
Nega o fato, mesmo com as provas – que vão do depoimento da vítima até o seu sêmen encontrado na cena – todas essas provas apresentadas no processo que é mantido em sigilo.
Se o técnico vai voltar a trabalhar, essa é uma questão para o futuro. A pressão vai continuar existindo, enquanto ele sustentar a versão de que não fez nada, sem apresentar uma prova verdadeira.