28 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 02/04/2016 às 19:41

Enxurrada de críticas em Goiânia

Prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, decreta contenção de despesas e muda pagamento do décimo terceiro. (Foto: Luis Parahyba)
Prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, decreta contenção de despesas e muda pagamento do décimo terceiro. (Foto: Luis Parahyba)

O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, e sua administração, é o alvo preferido dos candidatos ao Executivo municipal, em 2016, e já deram mostras de que a enxurrada de críticas só está no começo. Questionado sobre o assunto, ele disse que vai responder com trabalho. Mas, que trabalho? Daria tempo para mostrar tanto resultado assim?

Com apenas uma defensora, Adriana Accorsi(PT), que ainda não está tão preparada para o embate, e que tem que responder muitos questionamentos sobre a imagem do partido dela, Garcia vai ter que ir para o embate direto com os candidatos. Se esconder, será pior.

Recentemente, em entrevistas com os pré-candidatos a prefeito de Goiânia, o leque de críticas mostrou-se amplo para a falta de planejamento na Prefeitura de Goiânia, o excesso de burocracia, para os problemas na coleta de lixo e limpeza, a assistência à saúde, entre tantos outros.

O pré-candidato a prefeito pelo PTB, Luiz Bittencourt, acusou o município de Goiânia de ter uma máquina está inchada e prometeu reduzir o número de secretaria para apenas 5. Ele denunciou a administração por deixar 15 mil postes sem iluminação. O candidato entrou no debate sobre a situação financeira da prefeitura que teria um déficit, segundo ele, de quase R$400 milhões.

Para o pré-candidato a prefeito pelo PSB, Vanderlan Cardoso, a prefeitura de Goiânia não faz nem o básico. Ele cita a limpeza, pintura de meio-fio, a coleta de lixo, a poda de árvore e denuncia os buracos nas ruas. Mais de uma vez, o candidato criticou a falta de investimentos na segurança e na gestão do transporte coletivo.

Outro nome que não poupa críticas é o deputado federal e candidato a prefeito de Goiânia, Giuseppe Vecci (PSDB). A cidade está abandonada, sem rumo, e nada funciona como deveria funcionar em uma cidade moderna e bela como Goiânia. Não é só condições. É erro de gestão, falta de planejamento e improvisação”, disse ele.

Iris Rezende, naturalmente será questionamento com frequência sobre a escolha do prefeito de Goiânia para a campanha de 2012 e pela ênfase com a qual pediu voto para o então candidato. Em entrevista à Vinha FM, ele disparou uma das mais duras críticas ao atual prefeito e selou o rompimento político.

“Errei em deixar a Prefeitura, errei em apoiar quem eu não conhecia como administrador. Conhecia como pessoa e admirava. Mas como administrador não saiu alguém melhor para o povo. Mas é aquilo, quem nunca errou, quem nunca erra? Eu também erro, eu sou humano. Mas, um erro que eu não vou cometer mais”, disse Iris. Naquele momento, apareceu o Iris candidato.

Com um arsenal de críticas tão diretas, e duras, como vai atuar Paulo Garcia e a candidata a prefeita de seu partido? Ficará escondido, e em silêncio, ou manterá uma atitude defesa direta e contestação veemente de seus opositores para deixar sua candidata mais livre? Até agora, tem mais ouvido do que falado. Ao mesmo tempo, tem deixado enigmas para revelações que aparecerão no momento oportuno. O território da guerra para a prefeitura de Goiânia já está posto e os exércitos também estão em campo.

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .