A promessa do Departamento de Propaganda e Vendas de Terras do governo de Goiás, com Pedro Ludovico, após a instalação de Goiânia como nova capital do Estado era de que comprar lotes na cidade podia levar ao enriquecimento. Na prática, a escolha do local para a nova representação política governamental deve ter feitos muitos ricos mesmo: Aqueles que tinham lotes para vender e aqueles que compraram muitos.
Sem interessados, o governo goiano recorreu à propaganda para atrair os novos moradores para Goiânia com o apelo financeiro e com a garantia da negociação dada pelo Estado de Goiás. A ilustração usa, inclusive, a afirmação de que se trata de “grande empreendimento do governador Pedro Ludovico”.
Uma das grandes executoras de obras e negociações foi a Coimbra, Bueno e Participações Ltda que, segundo o anúncio, levou “obras a campo”. E, veio a ser o nome dos bairros Setor Coimbra e Setor Bueno que, curiosamente, estiveram na expansão da cidade com grandes loteamentos.
Era preciso atrair as pessoas para o meio do cerrado e o “enriquecimento” foi um apelo certeiro para a época. Curiosamente, por várias décadas perseverou a perspectiva de que comprar lotes na capital goiana é um bom investimento. E, é mesmo, até hoje.
Altair Tavares
Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .