Em nota divulgada neste domingo (7), o Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (SINDILOJAS), acusou de inertes as prefeituras de Goiânia, Aparecida, Trindade e mais 15 cidades da região metropolitana por não paralisar o serviço do transporte coletivo para combater a propagação do Coronavírus. Mas, a medida tem apoio de outros segmentos. Na prática, o setor empresarial está dividido nas medidas sobre a pandemia. A medida foi proposta pela Fecomércio para retirada do lockdown de empresas varejistas de Goiânia.
“Causa estranheza a inércia do poder público diante das aglomerações diárias dos ônibus coletivos”, declarou a entidade em nota.
Por outro lado, o Sindicato das Empresas de Segurança e o Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação contestaram a paralisação dos ônibus, pois os empregados destes segmentos seriam altamente dependentes do sistema para chegar ao trabalho e cumprir o seu serviço essencial. Inclusive, citou Ivan Hermano, presidente do SINDESP, a necessidade do transporte para os pontos de trabalho nos hospitais e unidades de saúde básicas.
NOTA DO SINDILOJAS: “O Sindilojas-GO (Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás) recebe com indignação a informação de que o transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia seguirá funcionando normalmente, em contraponto à decretação de mais sete dias de fechamento do comércio e demais atividades econômicas consideradas não essenciais. Para o sindicato, causa estranheza a inércia do poder público diante das aglomerações diárias nos ônibus coletivos, e principalmente pelo fato de essas cenas se repetirem também nos últimos dias, em que o comércio esteve fechado cumprindo o decreto de isolamento social.
O Sindilojas-GO adianta que acompanhará o desdobramento dos fatos no início da próxima semana para, se assim couber, tomar as devidas providências no sentido de cobrar rigor nas fiscalizações no transporte coletivo e requerer medidas de suporte ao setor produtivo. De acordo com o sindicato, o comércio varejista não suporta uma nova paralisação prolongada, sob risco de falência de milhares de empresas e de fechamento, também, de milhares de vagas de trabalho”.
NOTA DO SINDESP E SINDICATO DE ASSEIO E CONSERVAÇÃO –
Sem ônibus, entidades alerta para risco de caos na segurança e na limpeza
Presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado de Goiás (Sindesp Goiás), Ivan Hermano filho, faz um alerta para o risco de insegurança em hospitais e estabelecimentos essenciais com uma possível paralisação do transporte público coletivo.
Segue o vídeo anexo e a nota:
Pedimos a conscientização das autoridades para que não parem o transporte público metropolitano. Por uma razão simples: para que um hospital possa funcionar adequadamente, um dos quesitos essenciais é que haja segurança privada. E os trabalhadores não conseguirão chegar no locais de prestação de serviço se transporte público estiver parado.
Nós precisamos dos vigilantes nos hospitais, nos condomínios, nas empresas, nos órgãos públicos em que eles trabalham, ao longo de todo o estado. E uma das formas principais de locomoção, principalmente na região metropolitana, é o transporte público.Por isso, o Sindesp vem aqui pedir às autoridades que reconsiderem a ideia de paralisar o transporte público e que possam de fato permitir que os vigilantes cheguem aos locais que precisam chegar para manter a ordem e a paz, a tranquilidade e a segurança desses estabelecimentos.Imaginem um hospital sem segurança, vai ser muito pior do que a situação que já nos encontramos.A segurança privada é considerada essencial, mas precisamos deslocar nossos trabalhadores até o local da prestação de serviço para que essa prestação aconteça.Então pedimos esse apoio das autoridades em nome de todos os milhares de trabalhadores da área de segurança privada do Estado de GoiásLimpezaPresidente do Sindicato das Empresas de Asseio, Conservação, Limpeza Urbana e Terceirização de Mão-de-Obra do Estado de Goiás (Seac Goiás), Edgar Segato, endossa o alerta da segurança e destaca para o risco da paralisação do serviço de limpeza em bancos, hospitais e condomínios diante da notícia de possível suspensão do transporte coletivo. Segue a nota:
Representamos mais de 30 mil trabalhadores considerados essenciais. São trabalhadores terceirizados, que prestam serviço em hospitais, condomínios residenciais e comerciais, bancos. São serviços que não podem parar e não podem funcionar sem esses trabalhadores.Está sendo comentada a possibilidade de paralisação do transporte coletivo.Todos esses funcionários dependem 100% desse transporte. É impossível que eles se locomovam ao local de trabalho por outro meio.Concordamos com medidas que venham contribuir com a melhora e para redução dessa pandemia.Mas gostaríamos que o Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Estadual, juntamente com o Comitê de Enfrentamento, com a Secretaria Estadual de Transporte e Mobilidade exigissse do nosso governador um acompanhamento do transporte público para que ele, sim, pudesse ser feito da forma correta. Com a quantidade de pessoas, com policiais nos terminais, vigiando a quantidade limite para cada um.Não podemos aparecer na mídia nacional e internacional como causador de mais uma dificuldade para os nossos trabalhadores.
Sindicato das Empresas de Asseio, Conservação, Limpeza Urbana e Terceirização de Mão-de-Obra do Estado de Goiás (Seac Goiás)
Altair Tavares
Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .