Ao ser questionado a respeito da atuação de Walter em seu primeiro jogo no Goiás Esporte Clube, o presidente Sérgio Rassi soltou uma declaração forte: “Ele (Walter) deve ter falado – meu Deus do céu, onde eu vim parar? Que time horroroso”.
É compreensível a revolta do dirigente com a equipe, ainda mais após a derrota em Pelotas que custou o emprego de Léo Condé. O elenco que foi formado por ele na condição de principal responsável pelo clube e que recebe tudo de bom e uma das melhores estruturas de futebol do país.
Fazendo uma análise e tendo a Série A do Campeonato Brasileiro como referência, Sérgio Rassi está coberto de razão. O Goiás tem um time horroroso e já estaria na situação do América Mineira se estivesse disputando a elite do futebol nacional.
A primeira divisão é contra competição.
Mas para uma Série B sua opinião foi mais de torcedor (que ele é, antes de ser dirigente) do que propriamente de uma pessoa fazendo uma avaliação sem transparecer emoção e descontentamento com o que está acontecendo.
E vamos por parte, ou melhor, por setores para essa análise.
Goleiros
Márcio, Renan e Ivan. O Goiás gasta muito dinheiro para uma posição só, isso é fato. Porém tem no gol três grandes atletas.
Laterais
Jonhatan, Suelinton e Juninho decepcionaram. Jefferson mostrou certa qualidade, mas paga pela inexperiência. Ednei chegou recentemente de um time que está entre os melhores da competição.
Zagueiros
É outro setor que decepciona. Ninguém conseguiu se firmar e ser elogiado. Erram mais do que acertam e a esperança está agora em cima de Felipe Macedo que fez contra o Ceará uma grande partida.
Volantes
O Goiás contratou muito para essa posição. Adriano que foi o último a chegar foi o melhor, mas com Patrick, David e Willian – a equipe está bem servida.
Meio Campo
Os jovens Léo Sena e Thales foram os melhores que passaram na área de criação. Léo Lima e Daniel Carvalho tinham a missão de resolver, mas não conseguiram, deveriam se esforçar mais.
Ataque
Para um time de Série B é um luxo ter Walter, Rossi, Marcão, Léo Gamalho e Carlos Eduardo. Isso sem citar o centroavante Cleo que recentemente foi muito bem no Atlético Paranaense.
Na minha opinião o Goiás não é um time horroroso para a Série B, mas sim uma equipe que não conseguiu se organizar e que não teve até o momento um grande técnico.
Gílson Kleina é a esperança de dias melhores e o jogo contra o Ceará pode ter sido um indicativo.
Até o fechamento das inscrições a diretoria poderia fazer um esforço para trazer um bom lateral para esquerda e outro zagueiro. Assim o acesso que parece estar tão distante, possa ficar mais próximo e deixar de ser um sonho.
Tem muita competição pela frente.