Foi vapt e vupt. Marconi acenou com a terceirização do Vapt-Vupt e, com a reação negativa – é só olhar o resultado da enquete do Diário de Goiás –, pulou fora da furada. O mais curioso é a forma do recuo: negar que tenha autorizado a mudança.
Isso sendo verdade, significa que algum secretário engraçadinho – Giuseppe Vecci? – inventou esse monstro sem que o governador sequer ficasse sabendo e, mais, só deixaram que ele soubesse quando ele já estava no exterior.
Quer dizer, Marconi estava sendo enganado por sua equipe. Pelo Vecci? O que permite outra interpretação: estamos diante de um governador que perdeu o controle de seu governo.
O recuo de Marconi é mais uma derrota pública do tucano. Ele está perdido, e assim age e reage como nunca antes na sua vida: vacilante, indo e vindo, com medo do julgamento público, que já não anda lá essa Brastemp, muito menos coisa de melhor governo da vida dos goianos.
Marconi permanece como o principal adversário de Marconi: seus atos comunicam a todo tempo que ele já era… quer dizer, já não é mais o que sua propaganda sempre pregou: o super político infalível e imbatível.
O endeusado Marconi se revela mito com pés de barro banhados na cachoeira: é humano, demasiado humano.
O cristal quebrou. E o rangido desse tempo novo está acordando a oposição.
“O povo dá o poder mas também tira quando cansa.”
Cadê os catireiros?
Vassil Oliveira
Jornalista. Escritor. Consultor político e de comunicação. Foi diretor de Redação na Tribuna do Planalto, editor de política em O Popular, apresentador e comentarista na Rádio Sagres 730 e presidente da agência Brasil Central (ABC), do governo de Goiás. Comandou a Comunicação de Goiânia (GO) e de Campo Grande (MS).