A pandemia foi um agravante em 2020 para o futebol brasileiro. Queda de receita devido a redução de patrocinadores, falta de bilheteria e redução de sócios torcedores. As competições foram paralisadas por quase cinco meses, gerando um cenário de incertezas.
Uma matéria divulgada pela Agência Estado e compartilhada no Diário de Goiás mostra um pouco do quadro preocupante que atravessa as principais agremiações do Brasil. Especialista pede um choque de gestão, só que isso está muito longe de acontecer.
O Atlético Mineiro divulgou que sua dívida total é de R$ 1,2 bilhão. Mesmo durante a pandemia o Galo foi ao mercado e contratou reforços como Hulk que chegou em Belo Horizonte com na casa de R$ 1 milhão.
O ranking de dívidas tem o Cruzeiro na segunda posição com R$ 962,5 milhões e depois pela ordem: Corinthians (R$ 949,2 milhões), Botafogo (R$ 946,2 milhões) e Internacional (R$ 882,9 milhões).
O Flamengo que conquistou o bicampeonato brasileiro deve R$ 680 milhões, já o Palmeiras campeão da Libertadores e Copa do Brasil – R$ 565 milhões.
O estrago causado pela Covid-19 impactou os clubes, que optaram por não se adaptar a uma realidade de corte de gastos radical. Reduziu um gasto aqui e outro ali. Muito pouco. Contratações e altos salários seguiram no dia a dia dos clubes.
Colocar a culpa só na pandemia é um erro. A maioria dos dirigentes seguem gastando o dinheiro dos clubes em responsabilidade e com o pensamento apenas em suas gestões, sem imaginar o que vai acontecer no ano seguinte ou na próxima administração.
Daqui dois anos o problema é de outro.
Vila e Goiás no vermelho
O Atlético Clube Goianiense foi o único dos três principais clubes do futebol goiano que fechou a temporada 2020 com superávit. Vila Nova e Goiás terminaram com déficit.
Receita do Atlético: R$ 51,2 milhões (Superávit de R$ 2,6 milhões)
Receita do Goiás: R$ 85,9 milhões (Déficit em 2020 de R$ 3 milhões)
Receita do Vila Nova: R$ 7,7 milhões (Déficit em 2020 de R$ 2,5 milhões)
Dívidas
A empresa Sports Value fez um levantamento das dívidas dos vinte clubes disputaram a última edição do Campeonato Brasileiro Série A. Na lista aparece o Goiás com um valor de R$ 60 milhões e o Atlético-GO com R$ 33,3 milhões.